Vander lucio comenta no 7Minutos
Sim, eu não gosto de gente pobre!
Não gosto de pobre. E digo isso sem constrangimento, sem ironia e sem pedir licença aos moralistas de ocasião. Mas antes que o leitor se apresse em censurar, convém avançar algumas linhas.
Sim, eu não gosto de gente pobre. E digo isso sem medo de parecer cruel.
Mas não falo de pobreza material.
Refiro-me à pobreza de caráter, de valores, de humanidade.
Não é a falta de dinheiro que me incomoda, mas a falta de princípios.
Essa pobreza não se resolve com heranças ou salários, pois, é miséria interior.
Gente pobre é aquela que negocia a verdade, mente quando é conveniente e trata o outro como degrau.
É quem não sabe amar, não pratica empatia e só ajuda quando há interesse.
Essa pobreza moral corrói relações e destrói confiança.
É o vizinho que espalha boatos, o colega que sabota o trabalho alheio, o político que nada cumpre.
Todos eles são pobres, mesmo ostentando riqueza material.
Também é pobre o covarde.
Quem terceiriza culpas, se esconde atrás de conveniências e desiste diante das adversidades.
Quem erra e não aprende, quem cai e não levanta.
Essa pobreza de espírito é comum, mas devastadora.
É o chefe que se omite, o amigo que abandona, o cidadão que se cala diante da injustiça.
Há ainda a pobreza da sabedoria.
Pessoas que falam demais e escutam pouco.
Que acreditam que tudo pode, sem ponderar consequências.
Que não sabem esperar, nem respeitar o tempo das coisas.
Essa pobreza de discernimento é perigosa numa era de pressa, em que decisões impensadas causam danos coletivos.
Gente de natureza pobre é ingrata e desrespeitosa.
Não pede perdão, não oferece graça, perde a esperança diante de cenários áridos.
Essa pobreza não se mede em dinheiro, mas em atitudes que destroem vínculos.
São pais que não assumem responsabilidades, filhos que desprezam os mais velhos, o profissional que não honra compromissos.
Essas pessoas podem até morar em mansões ou dirigir carrões — ou não.
A verdadeira pobreza está no que carregam por dentro e espalham por onde passam.
Por isso reafirmo: eu não gosto de gente pobre.
Pobre de valores, de virtudes, de humanidade.
Esses pecados empobrecem o mundo.
Por Vander Lúcio Barbosa
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