Parque SEBASTIÃO JÚLIO AGUIAR -
Especialista alerta para confusão entre nascentes e afloramento de lençol freático
"Os lagos favorecem, inclusive, o aumento da umidade do ar na microrregião especialmente no período da seca, quando atingimos percentuais de nível desértico"

A despeito da afirmação de que o Parque Sebastião Júlio Aguiar possua 29 nascentes, que tem sido difundida ultimamente, o advogado e especialista em Direito Ambiental, Clarismino Luiz Pereira Júnior, alerta que está havendo um equívoco conceitual entre nascentes e afloramento de lençol freático.
Ele, que é fundador e ex-presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente, acompanhou o processo de debates, estudos técnicos do referido parque assegura que a afirmação é infundada.
“Essa informação é absurda. Significa dizer que mais de um terço de todas as nascentes dos mananciais da capital, que são aproximadamente 80, estariam nesse perímetro”, observa.
Membro da Comissão Nacional de Direito Ambiental do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ele lembra que os parques urbanos têm um caráter ambiental importante para a cidade – sem falar na questão social.
“Os lagos favorecem, inclusive, o aumento da umidade do ar na microrregião especialmente no período da seca, quando atingimos percentuais de nível desértico”, diz.
A implantação do Parque Sebastião Júlio Aguiar é uma solicitação antiga dos moradores, anterior à verticalização imobiliária que agora está acontecendo.
Há mais de 20 anos, os moradores solicitam por sua implantação e, após debates, audiência pública e muitos estudos técnicos, foi aprovada pelo Ministério Público e homologada pelo Poder Judiciário.
As construtoras, que passaram a desenvolver um projeto imobiliário na região, foram convidadas a implantar o parque pelas autoridades.


