Variedades : Cinema e Teatro

CULTURA

Solo poético de Amauri Tangará

O espetáculo, dirigido por Tati Mendes, é um solo de Amauri Tangará que o define como “poético, alegre, vibrante e inesquecível”.

O sertanejo é, antes de tudo, um forte”, definiu o Euclides da Cunha no livro Os Sertões. Sua força não reside somente na disposição para o trabalho, na resistência às ambiências extremas e na resiliência. Está também em sua cultura, que se baseia nas coisas mais simples que lhe são comuns, para encantar com seus causos, lendas, tradições, musicalidade e religiosidade.

São esses os ingredientes de Cafundó – Onde o Vento Faz a Curva, de Amauri Tangará, que será apresentado nesta sexta-feira (20), no Cine Teatro Cuiabá.

O espetáculo, dirigido por Tati Mendes, é um solo de Amauri Tangará que o define como “poético, alegre, vibrante e inesquecível”.

Não fosse assim, certamente não estaria há nada menos que 30 anos em cartaz, passando por teatros brasileiros e de vários outros países da América, África e Europa.

“Cafundó é a brasilidade do teatro caboclo, na cor, no gosto, no cheiro e no gesto. Cortante como o trem do Pantanal, gostoso como licor de pequi, simples como cigarro de palha!”, define.

É também luta e resistência.

A apresentação exclusiva de Cafundó é uma ação solidária de Amauri Tangará e Tati Mendes, em que toda a bilheteria do espetáculo será revertida em apoio ao I Encontro Nacional de Mulheres Sem Terra, que será realizado em novembro, em Brasília (DF).

Nas palavras dos artistas, trata-se de “um tijolo para a resistência”.

Por meio do trabalho, Amauri resgata, recicla, relembra e dá nova vida a histórias e causos do povo sertanejo.

O autor faz do texto uma linguagem simples e, apesar de falar do sertão e de seus habitantes, a plateia não fica descontextualizada, pois o tema é universal.

A comparação com Guimarães Rosa é inevitável, por tratar da magia da tradição do homem do sertão.

Os mitos, as lendas e as tradições do Pantanal brasileiro são os principais ingredientes do espetáculo, uma divertida coletânea de momentos nos quais o “contador de causos” Amauri passa em revista o fantástico imaginário cultural do interior do Brasil.

Os artistas
Amauri Tangará é um autodidata que se dedicou às artes desde cedo, tornando-se ator, roteirista, dramaturgo, cineasta, diretor teatral, preparador de atores, provocador cultural.

A inseparável companheira Tati Mendes é administradora, gestora cultural, parecerista, facilitadora de oficinas de cinema e produtora.

Deste 1997 os dois lideram a Cia D’Artes do Brasil.

A dupla têm no currículo longas-metragens como A Oitava Cor do Arco-Iris, Ao Sul de Setembro e Nenhures, além de médias como o hoje clássico Pobre é Quem Não Tem Jipe e a série de TV O Pantanal e Outros Bichos, recentemente exibida pela TV Brasil.

No teatro, além de Cafundó, destacam-se Viver é Raso e Salário dos Poetas. Em âmbito internacional, a Cia tem estreita relação com o Teatro O Bando, de Portugal, com quem mantém intercâmbio.

Serviço

O espetáculo Cafundó – Onde o Vento Faz a Curva, de Amauri Tangará, será apresentado nesta sexta-feira (20), às 19h, no Cine Teatro Cuiabá.

Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Pagam a meia entrada: estudantes, idosos a partir de 60 anos, crianças a partir de dois anos, professores da rede pública, jornalistas, radialistas e doadores de sangue.

E há também a meia solidária R$ 15 + um litro de leite.

A classificação é livre.

Mais informações: 65  98109-4569 ou 98124-5543.

Link original da matéria:
https://www.gazetadigital.com.br/variedades/variedades/solo-potico-de-amauri-tangar/592432

Amauri Tangará é um autodidata que se dedicou às artes desde cedo, tornando-se ator, roteirista, dramaturgo, cineasta, diretor teatral, preparador de atores, provocador cultural. Reprodução
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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