Agro7 : Pecuária

Atenção pecuarista:

Atualize seu estoque de rebanho junto ao Indea MT

Mato Grosso é o maior estado agrícola do país. Lidera a produção de algumas das principais commodities brasileiras, como soja e milho.

Identificação das demandas dos produtores rurais ajudaram Governo do Estado a elaborar políticas públicas mais efetivas e que atendessem os anseios dos segmentos de produção

Mato Grosso é o maior estado agrícola do país. Lidera a produção de algumas das principais commodities brasileiras, como soja e milho.

Na última safra, por exemplo, o estado, sozinho, produziu mais grãos do que regiões inteiras, somando os números de todos os estados que as compõem.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) foram 100,9 milhões de toneladas de grãos colhidos pelos produtores mato-grossenses, enquanto o Sul do país, composto por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, somados, alcançou 83,4 milhões de toneladas.

A nível de comparação, o Sudeste colheu 30,2 milhões de toneladas, o Nordeste 29,8 milhões de toneladas e o Norte 16,8 milhões de toneladas de grãos.

Saindo da agricultura e indo para pecuária,

Mato Grosso também é destaque, com o maior rebanho bovino do país. Segundo o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), existem 34,3 milhões de cabeças de gado no estado.

É como se cada habitante fosse dono de nove bovinos e meio.

Números tão altos fazem do setor o principal da economia do estado.

Com isso, políticas públicas se fazem necessárias para atender e dar suporte ao trabalho feito no campo.

O setor em si se reúne, debate e leva, através das associações essas demandas ao governo, para que ele (o produtor) possa continuar produzindo de forma coerente e possa se preocupar da porteira para dentro, em ser competitivo na produtividade.

E quando o governo sabe exatamente o que é, quais seriam essas necessidades, essas demandas, aí ele consegue agir de forma objetiva, como vem fazendo, disse Itamar Canossa, presidente do Fórum Mato-grossense da Agropecuária.

O diretor técnico da Acrimat – Associação dos Criadores de Mato Grosso –

Francisco Manzi, exemplifica.

O Plano de erradicação febre aftosa por exemplo só foi possível avançar para a suspensão da vacinação porque os produtores que por décadas compraram, transportaram, conservaram aplicaram a vacina e comunicaram ao órgão de defesa estadual.

Graças a essas ações o estado de Mato Grosso não registra um único foco desde janeiro de 1996.

A vacinação contra brucelose que segue a mesma linha de participação teve a sua prevalência diminuída pela metade e continuamos avançando, explica.

Neste mês de novembro, por exemplo, todos os criadores de bovinos, bubalinos, ovinos, aves, suínos, equídeos, peixes e abelhas devem comunicar o número de animais que possuem ao Indea.

A comunicação faz parte da segunda Campanha de Atualização de Estoques de Rebanhos.

O prazo de comunicação termina em 30 de novembro e quem descumprir, poderá pagar multa de 29 UPFs (aproximadamente R$ 6 mil).

No caso do rebanho bovino o procedimento substitui a vacinação contra a febre aftosa, que não é mais necessária a partir de 2023, após 40 anos de imunização.

Conhecer o número efetivo do nosso rebanho é fundamental para conhecermos os nossos estoques, fazermos previsão de abates e quantidades necessárias de insumos.

Além dos números, as espécies que cada produtor cria e a quantidade são importantes para que o Indea possa entender o risco sanitário, onde, quando e com que intensidade deve agir no caso de suspeita de enfermidade para eficazmente mitigá-lo”, afirma.

Desde o dia 09 de novembro a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA),

exceto para abate, só é ser emitida caso a comunicação tenha sido feita. Para comunicar, o criador deve ir até uma unidade do Indea ou fazer a declaração de maneira eletrônica pelo Módulo do Produtor.

A Acrimat é uma das associações fundadoras do FESA (Fundo Emergencial de Saúde Animal do Estado de Mato Grosso), junto com a Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso), Ovinomat (Associação Mato-grossense dos Criadores de Ovinos e Caprinos) e Sindifrigo (Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado de Mato Grosso).

Parte do dinheiro a venda dos bovinos aos frigoríficos é destinada ao FESA,

que tem papel fundamental na sanidade animal e resolver entraves que saem da competência do estado, como conta Manzi.

O Fesa como o próprio nome já diz atua em ações emergenciais onde o estado pode esbarrar em burocracias que culminem com a perda do time.

Cito como exemplo o caso suspeito de vaca louca em 2012 quando o Fesa fretou um avião e em horas o material coletado do animal em Mirassol D´oeste chegou em menos de 12 horas no laboratório no Nordeste.

Outra ação importante foi a vigilância de fronteira com vacinação contra febre Aftosa em propriedades vizinhas ao estado na Bolívia custeando diárias de técnicos e a própria vacina, finaliza.

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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