ODILON ALVES NO 7MINUTOS
Contratam-se! – Temos vagas! – Contratam-se…
Este é o chamamento Brasil afora e a conversa, aonde quer que surja, é de que “o povo não quer mais trabalhar.” Será mesmo?
Em Anápolis, minha cidade, não há empresa industrial das mais de 150 do DAIA, bem como do comércio e serviços em toda cidade, que não tenha o mesmo problema, qual seja o de completar seu quadro de funcionários.
Demais, a rotatividade de funcionários, em todos os setores da atividade na cidade (turnover) é de mais de 30 por cento ou, mais claramente: todos os anos as empresas substituem 30 por cento ou mais dos seus colaboradores.
Este fato, com certeza, aumenta em muito os custos de produção de qualquer empresa porquanto têm que promover, constantemente, reciclagens e treinamentos de novos funcionários, além do auto custo da demissão e admissão de novos empregados ocasionados pela fortíssima burocracia da legislação trabalhista brasileira. Resultado:
O chamado custo Brasil – que já é muito alto -, é ocasionado pela alta carga tributária, burocracia excessiva, instabilidade jurídica e agora com o que podemos chamar de “Custo Turnover” que só aumentam custos em todos os setores e concorrem para acelerar a baixa produtividade brasileira. A continuar assim vamos ficando cada vez mais pobres, é claro!
A percepção é coletiva onde quer que se estabeleça uma conversa empresarial, o assunto sempre termina como afirmam os recrutadores das instituições de funcionários em Anápolis:
A gente faz o processo, valida, a pessoa é aprovada. Manda para a entrevista a pessoa não vai e some.
A gente perde tempo, passa vergonha.
O cliente fica à disposição, esperando a pessoa e ela some sem se justificar. A seguir, temos que reiniciar todo processo.
Sim, realmente, está difícil concorrer com as benesses governamentais que extrapolam, em muito, os limites de custos para tornar as empresas competitivas Brasil afora.
Só em Anápolis, são atendidas 52 mil pessoas pelo chamado Bolsa Família, representando 13 mil grupos familiares que não desgrudam da regalia e tudo fazem para não perder a mordomia; além disto, existem, ainda, em torno de 35 mil MEIS-Micro Empreendedores Individuais que se acostumaram a prestar serviços, cobrando muito e que nem pensam em trabalhar e/ou fazer carreira em qualquer empresa que seja. Resultado: as empresas não conseguem mais formar equipe com espírito profissional e com permanência duradoura em Anápolis (GO).
De sorte que o problema é nacional e não só da cidade citada. Grupos empresariais brasileiros (supermercados em São Paulo) já se posicionaram junto ao Governo central para liberar para trabalhar, sem perda dos benefícios governamentais, quem tiver condições de trabalhar (são milhões), sem êxito até o momento.
Pelas redes sociais, prefeituras e comunidades se posicionam com o mesmo pedido. Bento Gonçalves (RS) é uma delas. Sim, as benesses governamentais (bolsas disto e daquilo, vales de toda ordem), precisam ser melhor administradas de maneira a não atrapalhar o país e o próprio futuro da nação como um todo.
Certo é que programas assistenciais eternos, sem porta de saída, não é a melhor ideia para eliminar a pobreza porque atuam nos seus efeitos.
A pobreza e a desigualdade só têm um caminho para serem eliminadas: Educação de Qualidade, com tempo integral, com igualdade de condições para todos (pobres, ricos, brancos, pretos e pardos).
Fora disto é populismo de baixa qualidade que não leva a nada, só ao aumento futuro da pobreza. Isto já está acontecendo com nosso país.
Lamentável! Que 2025 nos traga novas esperanças de novas ideias de nossos líderes políticos!
É o que nos resta almejar! Amém!
By Moacir de Melo
Link original da matéria
Revista Planeta Àgua
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