Dia Mundial da Alfabetização
Leitura desenvolve competências importantes para a vida adulta e para o mercado
De trabalho. De acordo com a coordenadora da Anhanguera, a quarentena é o momento ideal para incentivar esse hábito e a tecnologia pode ser usada como aliada para despertar o interesse das crianças e formar novos leitores
O Dia Mundial da Alfabetização, comemorado em 8 de setembro, foi criado em 1967 pela ONU por meio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) com o objetivo de reforçar a importância da alfabetização para o desenvolvimento social e econômico mundial.
A leitura, hábito indispensável para a formação de crianças e adultos e um dos pilares do processo de alfabetização, pode cumprir um papel ainda mais fundamental durante o isolamento social, época em que os alunos estão longe do convívio escolar, conforme explica a coordenadora do curso de Pedagogia da Anhanguera de Anápolis, Roberta Cristina de Sousa Carvalho Silva.
Segundo a PNAD, divulgada pelo IBGE em junho de 2019, é considerado alfabetizado aquele que sabe ler e escrever um bilhete simples. O conceito parece fácil de ser atingido, mas no Brasil, segundo os dados da pesquisa, essa é uma realidade distante para mais de 11,3 milhões de brasileiros considerados analfabetos.
“A educação é o melhor caminho para transformar esse triste índice. E não se pode falar em educação sem falar de leitura, que tem um papel muito importante e contribui no desenvolvimento intelectual, pessoal e socioemocional das pessoas, independentemente da idade”, afirma.
Em relação às crianças que estão no processo de alfabetização, a coordenadora da Anhanguera orienta que as famílias devem tornar o período da quarentena uma oportunidade para estabelecer trocas saudáveis no ambiente familiar, estimulando a leitura.
“Além do conhecimento que adquirem na escola, a leitura quando incentivada dentro de casa, em horário alternativos e junto à família, apoia o aprendizado e o desenvolvimento de competências e habilidades muito importantes para a vida adulta e o mercado de trabalho, como interpretação, criatividade, empatia, tolerância, além de capacidade e senso crítico. Além disso, tem o poder de nos levar para outros lugares e nos tirar do tédio e da solidão, sentimentos que tendem a aumentar nesse período de isolamento”, explica.
Roberta destaca que os contos infantis têm um papel fundamental também na construção do sujeito-leitor.
“Eles são primordiais para ensinar às crianças futuras experiências que elas encontrarão durante seu crescimento intelectual. Não há processo de aprendizagem sem leitura, principalmente quando pretendemos desenvolver as competências intelectuais.
Quando trabalhamos com contos infantis na escola, a priori, eles cumprem um papel didático, como é o caso das fábulas, cuja moral permeia a narrativa e os contos infantis também fazem com que as crianças entendam o mundo adulto que eles irão vivenciar mais tarde”, complementa.
Outro ponto importante é que a leitura pode ser o portal para conhecer outros mundos, o que inclui também novas culturas e pontos de vistas diferentes.
A especialista reforça ainda que, para pais que são leitores assíduos, a tarefa de incentivar o hábito no público infantil pode ser mais fácil.
“Sabemos que o período da quarentena mudou o comportamento social do mundo inteiro e exigiu uma nova reconfiguração do lar. No caso de pais que já praticam a atividade, o processo de usar a leitura como passatempo pode acontecer de forma mais natural, pois no ambiente doméstico existe esta partilha de experiência de livros e revistas e a criança começa a enxergar a leitura como algo agradável e com significados diversos. Contudo, no caso de pais que não exercitam esta prática, o desafio é maior. De qualquer forma, é importante ressaltar que este é um bom momento para iniciar esse costume “, orienta Roberta Cristina de Sousa Carvalho Silva.
O papel da tecnologia
Segundo a edição mais recente da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro em 2016, 26% das pessoas que já ouviram falar em livros digitais leram conteúdos nesse formato.
Esse número cresce para 34% entre os considerados leitores e 38% entre os que dizem gostar muito de ler no formato online. Além disso, o encantamento das crianças com os equipamentos tecnológicos, que vem desde os primeiros meses de vida, acaba criando um novo perfil de consumidores do entretenimento e também de novos adeptos a leitura.
Para a coordenadora da Anhanguera, a internet não deve ser vista como vilã e sim como uma aliada no incentivo à leitura.
“Quando usada de forma adequada, respeitando as indicações de tempo para cada idade, o digital é um grande colaborador para o crescimento do consumo de livros, oferecendo novos formatos e possibilidades. Por meio do ambiente online, temos acesso a um acervo muito maior de obras, inclusive gratuitas. Nesse caso, a internet não anula o livro, eles caminham juntos! De forma rápida e natural, a tecnologia está despertando o interesse e formando novos leitores”, afirma.
A leitura virtual, inclusive, pode ser uma aliada para mudar o cenário de livros lidos pelos brasileiros. Segundo a mesma pesquisa do Instituto Pró-Livro, a média do brasileiro é de 2,54 livros por ano.
O estudo considerou como leitor pessoas que leram ao menos um livro, inteiro ou em partes, nos 3 meses anteriores. No total, apenas 56% dos entrevistados foram considerados leitores.
Para a especialista, a leitura deve ser transformada em hábito.
“Desde a barriga da mãe, a leitura deve ser incentivada. Após o nascimento, isso deve se perpetuar. Mesmo que a criança ainda não saiba ler, o simples ato de segurar um livro acaba gerando curiosidade. Criar uma rotina de leitura é um fator importante, que deve fazer parte do dia a dia das pessoas, sobretudo pelo prazer que proporciona”, completa.
Sobre a Anhanguera
Fundada em 1994, a Anhanguera já transformou a vida de mais de um milhão de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com o mercado de trabalho em seus cursos de graduação, pós-graduação e extensão, presenciais ou a distância.
Presente em todos os estados brasileiros, a Anhanguera presta inúmeros serviços gratuitos à população por meio das Clínicas-Escola na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas, locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos.
Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Anhanguera oferece formação de qualidade e tem em seu DNA a preocupação em compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais. Em 2014, a instituição passou a integrar a Kroton.
Para mais informações, acesse: http://www.anhanguera.com.
Sobre a Kroton
A Kroton, que faz parte da holding Cogna Educação, uma companhia brasileira e uma das principais organizações educacionais do mundo, atende ao mercado B2C do Ensino Superior, levando educação de qualidade em larga escala.
Presente em mais de 900 municípios em todo Brasil, a companhia conta com 176 unidades próprias, 1.410 polos de ensino a distância e mais de 844 mil estudantes, sob as marcas Anhanguera, Fama, Pitágoras, Unic, Uniderp, Unime e Unopar.
Transformar a vida das pessoas por meio da educação, formando cidadãos e preparando profissionais para o mercado, é a missão da instituição, que trabalha para continuar concretizando sonhos em todos os cantos do país.
Para mais informações acesse: http://www.kroton.com.br .
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