Estilo : Comportamento

Sociedade

Quando os iguais se reconhecem

“Povos livres, lembrai-vos desta máxima: a liberdade pode ser conquistada, mas nunca recuperada” (Jean-Jacques Rousseau)

Desde o último domingo, 12, a ilha de Cuba está vivendo em ebulição. A população saiu às ruas de Havana e de várias outras cidades, para protestar não só contra o governo de Miguel Díaz-Canel, mas também contra a opressão deixada como herança pela ditadura cubana, que se arrasta desde a Revolução iniciada por Fidel Castro em 1953.

Que a ilha parou no tempo, não é novidade nenhuma. Aliás, existem “duas Havanas”: a dos turistas e a de quem mora lá.

Para quem visita o lugar de férias, não vê (ou finge que não viu) o quão grande é a miséria da população. As notícias que chegam de lá são de que, além de estarem passando fome, também sofrem com a falta de atendimento médico, mesmo de forma básica.

A ‘internet’ e a energia elétrica também foram cortadas.

Cansados de tamanho desleixo por parte das autoridades, que abandonaram a população à própria sorte, os cubanos decidiram sair às ruas para lutar pela liberdade e também pelo fim da tirania. O governo, por sua vez, reprime de forma violenta o clamor popular, invadindo casas, forçando jovens a se juntar à polícia e prendendo opositores ao regime.

A esquerda brasileira, obviamente, faz vista grossa a tudo o que está acontecendo.

Trata o assunto como se fosse culpa do chamado “embargo americano” e diz que as pessoas estavam apenas fazendo uma passeata, ignorando solenemente todo o sofrimento que esse povo carrega há décadas.

E o pior, elogiando um regime assumidamente ditatorial.

Não à toa, por anos o Brasil bancou obras em Cuba, além de sustentar o regime do falecido Fidel Castro através dos médicos cubanos trazidos para cá durante os governos petistas.

Toda essa celeuma em torno da velha Cuba só mostrou o quanto a esquerda consegue ser repugnante na hora de defender seus próprios interesses.

O que importa, para eles, é o chamado “status quo”, e não a luta pela vida – e pela liberdade – de uma população que está, há muito tempo, sob a égide de um regime comunista – e sanguinário.

“Povos livres, lembrai-vos desta máxima: a liberdade pode ser conquistada, mas nunca recuperada” (Jean-Jacques Rousseau)

Por Lúcia Maroni
Lucia Maroni, para Vida Destra, 16/07/2021.
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Link original da matéria:
https://vidadestra.org/quando-os-iguais-se-reconhecem/

Que a ilha parou no tempo, não é novidade nenhuma. Aliás, existem “duas Havanas”: a dos turistas e a de quem mora lá. Para quem visita o lugar de férias, não vê (ou finge que não viu) o quão grande é a miséria da população. Arte Luiz Jacoby
“Libertade”, entoavam outras centenas em Malecón, na costa de Havana.
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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