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Batismo gera intriga

Filho menor é batizado sem o conhecimento do pai em Anápolis e provoca repercussão internacional

Caso, que aconteceu em Anápolis, envolve violação do poder familiar e uso irregular de dados pessoais

Um pai de Anápolis descobriu que seu filho menor foi batizado sem seu conhecimento e consentimento, pela mãe da criança, numa das igrejas católicas da cidade.

O caso aconteceu recentemente e motivou busca por reparação judicial devido à violação do poder familiar e uso irregular de dados pessoais do genitor no registro eclesiástico.

O processo pode chegar a tribunais internacionais porque envolve violação de direitos humanos e normas do Direito Canônico, conforme explica a advogada Mariane Stival.

A mãe utilizou informações do pai sem autorização para incluí-lo na certidão de batismo, configurando múltiplas ilegalidades nas esferas civil, penal e internacional.

Segundo a advogada, o caso expõe clara violação ao exercício conjunto do poder familiar. Mariane Stival, especialista em direito de família e internacional, detalha que decisões sobre a vida dos filhos devem ser compartilhadas.

Decisões relevantes sobre a vida do filho, de natureza civil, educacional ou religiosa, devem ser tomadas em comum acordo, explica.

Para o pai, que prefere não se identificar para não expor a criança, a descoberta foi impactante.

Descobri por acaso que meu filho havia sido batizado.

Nunca fui consultado, nunca participei da decisão.

É muito doloroso saber que perdi esse momento tão importante, relata.

A legislação brasileira determina que ambos os pais exercem conjuntamente o poder familiar, incluindo decisões sobre formação religiosa dos filhos.

Irregularidades documentais

A certidão de batismo foi emitida com dados do pai sem sua autorização, configurando uso irregular de informações pessoais.

Stival destaca a gravidade da situação:

Os dados do pai foram utilizados sem sua ciência, um batizado foi realizado e a certidão foi emitida com o nome dos pais.

Esta certidão que passou a constar o nome do pai foi emitida mediante informações prestadas de modo irregular.

O pai demonstra indignação com o uso indevido de seus dados.

“Meu nome está em um documento religioso que eu nunca autorizei.

É como se eu tivesse participado de algo que desconheço completamente, desabafa.

O vício na origem compromete a validade do documento, segundo análise jurídica.

Repercussão internacional

As irregularidades podem gerar consequências em múltiplas esferas jurídicas.

A advogada alerta para a dimensão do caso:

É um caso que envolve violação de direitos humanos que pode ser levado a tribunais internacionais.

Um pai tomar conhecimento que o filho foi batizado sem sequer ter ciência, direito de conhecimento e participação.

Além disso, trata-se também de uma demanda que aciona o Direito Canônico, regras naturais de Roma, na Itália, e que atingem as igrejas em todo o mundo.

O pai busca reparação através dos meios legais disponíveis.

Não é questão de religião, é questão de direito.

Quero que minha situação seja reconhecida e que isso não aconteça com outros pais, afirma.

O caso pode tramitar desde instâncias eclesiásticas locais até a Santa Sé, dependendo da resposta das autoridades religiosas.

Por José Aurélio
Jornalista

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Especialista em Direito Internacional e de Família, Mariana Stival conta como esse tipo de situação gera consequências graves
  • Fonte da informação:
  • Leia na fonte original da informação
  • José Aurélio Mendes

    Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), é especialista em Gestão de Tráfego e elaboração de textos. Também atua como apresentador em vídeos. Possui larga experiência, tendo atuado por 20 anos como repórter e apresentador nas TVs Globo, Record e Bandeirantes. Suas habilidades na comunicação se estendem ainda à edição de imagens e vídeos, design, fotografia e assessoria de comunicação. Possui graduação em Direito pela Universidade Evangélica de Anápolis (UniEvangélica) e presta serviços como Mestre de Cerimônias para os mais diversos eventos.

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