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Após vitórias na Justiça, Trump vai a órgão que o investigou e promete punir supostos abusos

Presidente fez discurso no Departamento de Justiça em que repetiu acusações contra investigadores e Biden

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou nesta sexta-feira (14) no Departamento de Justiça do país.

O republicano acusou novamente o órgão de tê-lo perseguido, assim como a aliados, e disse que investigará o que ele chamou de corrupção cometida no governo Joe Biden.

A fala de Trump no local ocorreu após vitórias na Justiça contra uma série de condenações, num gesto de afronta para reforçar seus triunfos.

As acusações que o presidente fez ao longo da campanha e no início de seu governo foram reforçadas, nesta sexta, no prédio do órgão que abriga as agências e órgãos de investigação do governo, como o FBI, a polícia federal americana.

“Insistirei e exigirei total e completa responsabilização pelos erros e abusos que ocorreram. O povo americano nos deu um mandato como poucos pensavam ser possível”, disse Trump.

O presidente iniciou o discurso dizendo que fez parte das mudanças que gostaria no sistema com suas nomeações para a área.
A chefe do departamento é a advogada Pam Bondi, que o defendeu de um impeachment.

Já o escolhido para comandar o FBI foi Kash Patel, ex-oficial do Conselho de Segurança Nacional e seu aliado fervoroso.

Patel é alvo de críticas por seus posicionamentos —ele já defendeu que o FBI demita qualquer funcionário que se recuse a apoiar a agenda do presidente.

“Estamos virando a página de quatro longos anos de corrupção e instrumentalização”, continuou Trump.

O republicano acusa o Departamento de Justiça de ter sido tomado por radicais, que perseguiram conservadores no governo do seu antecessor.

“Fizeram tudo ao seu alcance para me impedir de me tornar presidente”, afirmou. O FBI fez a maior investigação da sua história após a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, resultando na condenação de cerca 1.500 pessoas, perdoadas por Trump no primeiro dia como presidente.

Ele voltou a criticar os procuradores que o acusaram de crimes. “Devemos ser honestos sobre as mentiras e abusos que ocorreram dentro destas paredes”, disse.

Em janeiro, Trump demitiu mais de dez advogados de carreira do departamento que trabalharam com o procurador especial Jack Smith em casos contra o republicano.

De acordo com uma nota da pasta, o governo não poderia “confiar [nos advogados demitidos] para implementar as prioridades do presidente Trump de maneira fiel”, relatou a imprensa americana.

O comunicado citou explicitamente “o papel que essas autoridades tiveram nos processos contra o presidente”.

Segundo auxiliares do republicano disseram a jornais locais, o discurso desta sexta teria como foco “lei e ordem”, mas a maior parte da fala foi consumida por reclamações antes já declaradas pelo presidente.

“Devemos ser honestos sobre as mentiras e abusos que ocorreram dentro destas paredes”. “Essas pessoas não legítimas são pessoas horríveis”, disse.

Trump, então, focou a política nas fronteiras, afirmando que Biden permitiu a entrada de criminosos ilegais. “Estamos restaurando a lei e a ordem”, afirmou.

O republicano conseguiu algumas vitórias na Justiça antes mesmo de tomar posse. Logo após o pleito, ele se defendia de dois processos criminais, litigava um terceiro e aguardava a definição da sentença de um quarto. Mais de dois meses depois e a dez dias da posse, o republicano já viu o arquivamento de dois casos —um terceiro patina, e ele escapou de punição de um quarto.

Ainda assim, é o primeiro presidente dos EUA condenado criminalmente a assumir a Casa Branca.

Ele foi condenado no processo na Justiça de Nova York envolvendo a atriz pornô Stormy Daniels, em que foi considerado culpado por 34 acusações, em maio do ano passado. Trump não conseguiu evitar que sua condenação fosse confirmada pela Justiça, como queria, mas não precisará cumprir pena.

Outros presidentes já falaram do púlpito onde Trump discursou, mas geralmente para anunciar políticas voltadas para a segurança pública.

Por: Julia Chaib

Link original da matéria:
FOLHA DE SÃO PAULO

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Já o escolhido para comandar o FBI foi Kash Patel, ex-oficial do Conselho de Segurança Nacional e seu aliado fervoroso.

 

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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