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Meta demite funcionário que usou ‘vale-refeição’ para comprar pasta de dente e chá
Entre 20 e 30 funcionários foram demitidos por abusarem do subsídio de US$ 25 da empresa para compras não permitidas; companhia não respondeu
A Meta supostamente demitiu funcionários que estavam abusando do “vale refeição” de US$ 25, gastando o dinheiro em itens que não eram alimentos ou pedindo comida no delivery em casa.
Os empregados recebem um crédito de US$ 25 no Grubhub, um aplicativo de delivery de comida, se trabalharem após as 18h em escritórios que não têm refeitórios.
De acordo com postagens no site de mídia social Blind, as demissões ocorreram na semana passada, com funcionários sendo desligados do escritório de Los Angeles.
Separadamente, a Meta começou a reestruturar equipes nas divisões WhatsApp, Instagram e Reality Labs.
Uma postagem vista pela Fortune alega que os funcionários demitidos estavam pedindo refeições quando nem estavam no escritório, dando seus créditos a outros membros da equipe ou usando-os para comprar mantimentos e itens essenciais para o lar.
Entre 20 e 30 funcionários teriam sido demitidos.
A Meta não está exatamente com falta de dinheiro, mas isso não significa que Mark Zuckerberg está permitindo que a empresa relaxe.
Atualmente avaliada em quase US$ 1,5 trilhão, a Meta registrou ganhos de US$ 39,07 bilhões no segundo trimestre de 2024, um aumento de 22% em relação ao ano anterior.
No entanto, Zuckerberg, que tem uma fortuna de US$ 204 bilhões, impulsionou um “ano de eficiência” em 2023, anunciando a demissão de 10 mil funcionários e o congelamento de contratações para outros 5 mil.
Parece que a Meta não hesita em dispensar até mesmo alguns de seus funcionários mais bem pagos. Outro post no Blind, relatado pelo Financial Times, foi escrito por um funcionário que afirma ter recebido US$ 400 mil por ano da empresa.
O indivíduo disse que trabalhava “à noite e nos fins de semana” e gastava seu crédito de US$ 25 em itens como pasta de dente e chá na farmácia Rite Aid.
O funcionário admitiu seu erro ao departamento de recursos humanos, mas foi demitido.
A Meta não respondeu ao pedido da Fortune para comentar sobre o caso.
Além das demissões relacionadas às despesas de refeição, a Meta também confirmou reestruturações em outras equipes, com mudanças para garantir que os recursos estejam alinhados com suas metas estratégicas de longo prazo.
Isso inclui mover equipes para diferentes locais e realocar funcionários para outras funções.
As ações da Meta subiram 67% no ano até o momento e 78% nos últimos 12 meses, atingindo US$ 577.
Zuckerberg não é o único a tomar decisões impopulares para manter o dinamismo da Big Tech.
Em janeiro, o CEO do Google, Sundar Pichai, disse em um memorando interno que cortar funções fazia parte de uma decisão mais ampla de investir em tecnologias emergentes, como IA, e que isso exigia escolhas difíceis, como a eliminação de cargos para simplificar a execução e aumentar a velocidade.
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Por Eleanor Pringle (Fortune)