Estilo : Saúde

Marcos Pontes:

Vacina brasileira contra Covid poderá ser usada anualmente

A vacina brasileira SpiNTec, desenvolvida pelo CTVacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), poderá ser utilizada na vacinação anual contra a Covid-19.

A informação foi dada
neste domingo pelo ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, durante
entrevista coletiva.

No sábado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou
que recebeu o pedido para realização de estudos de fases 1 e 2 da SpiNTec.

A análise considerará, segundo os procedimentos da Anvisa, a proposta do estudo, o número de
participantes e os dados de segurança obtidos até o momento nos estudos pré-clínicos realizados
em laboratório e em animais.

O CTVacinas é o centro de pesquisas em biotecnologia da UFMG.

Na entrevista deste domingo, 1º, juntamente com representantes da universidade, Pontes afirmou
que o trabalho de sua pasta está em sintonia com o do Ministério da Saúde. Segundo ele, a
SpiNTec poderá ser usada em campanhas anuais, assim como outras vacinas nacionais que surgirão.

“Teremos vacinação anual. E o fato de termos vacinas nacionais significa que elas poderão ser
usadas nestas vacinações”, disse Pontes. “A ideia é que tenhamos esta vacina participando do
plano nacional.”

O ministro destacou ainda o fato de vacinas como a SpiNTec estarem surgindo em intervalos
menores, em apenas alguns meses.

No passado, pontuou o ministro, o desenvolvimento de
imunizantes durava entre 5 e 10 anos.

Durante a coletiva, técnicos do ministério e pesquisadores da UFMG esclareceram detalhes da
SpiNTec.

A vacina utiliza a estratégia de proteína recombinante, que consiste na identificação,
dentro do genoma do novo coronavírus, das sequências com informações para produção de
proteínas.

Estas sequências são introduzidas em bactérias que, por sua vez, passam a produzir
proteínas que servirão para a formulação da vacina.

Como a vacina utiliza a tecnologia de proteína recombinante, a expectativa é de que seu custo
final seja inferior ao de outros imunizantes que já estão no mercado.

Pelos testes já realizados, a vacina funcionou em animais. Agora, os pesquisadores esperam, com
a anuência da Anvisa, testá-la em seres humanos.

A expectativa dos pesquisadores é de que a SpiNTec seja aplicada em duas doses – como a maioria
das vacinas já autorizadas no País – em intervalos de 21 dias.

Nos ensaios pré-clínicos, foram
feitos testes com ao menos uma das variantes do novo coronavírus e o imunizante brasileiro se
mostrou eficaz.

Remédio secreto de Pontes é pior que cloroquina para Covid-19, diz estudo chinês (Crédito:  Reprodução TV Brasil)
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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