By: Brasigóis Felício
O malandro cinco estrelas, e o homem-orquestra, que faz a cuíca chorar

O homem que faz a cuíca chorar.
Só no Brasil existe a figura do malandro cinco estrelas. Em outras paragens, mais ou menos cotadas, malandro de navalha não tem estrela nenhuma.
Emboramente malandros de gravata existam em toda praça humanoide, todos muito bem estrelados, e tendo todos os luxos e benefícios conhecidos.
Porém, malandro mesmo, de verdade – malandro da baixa escumalha, é totalmente des-estrelado.
No máximo, em algumas praças, alguns ostentam duas. Isto é dito pelo músico Índio da Cuíca – que tocou e brilhou, em vinte e três países, em shows solo ou acompanhando mini-escolas de samba.
Ele Índio da Cuíca, que só depois de passar dos sessenta janeiros bem vividos e sofridos, conseguiu gravar seu primeiro disco autoral, conta que na Suíça os gringos ficaram doidos com o som que ele produzia nos seus inumeráveis instrumentos: cuica, pandeiro, tamborim, tambores, surdos, taróis, etc.
Chegavam perto, querendo ver de onde naquele instrumental todo, saía tanto ritmo envolvente. Seu virtuosismo de instrumentista geral levou um jornal da Suíça a chama-lo de homem-orquestra.
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“A maior malandragem que existe é você ser honesto. Gente que é honesta sempre está bem – nunca está sendo perseguida por ninguém”. (Datena, em momento de filosofia de buteco).
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Tem um lado da lei que prende, e outro que solta. E tem muita gente ganhando tubos e fábulas, para soltar ou prender indevidamente.
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A vida é o campo do possível
“Encontre o portão estreito que te conduz à vida: ele é chamado de Agora. Nunca existiu um tempo que não seja o presente”. (Eckart Toole).
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“Você só pode enfrentar e encontrar o Agora. Jamais poderá enfrentar ou encontrar o futuro. Quando este chegar, chegará como presente”. (Idem)
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”Aquele que mente para si mesmo torna-se incapaz de encontrar a verdade nos outros”. (F. Dostoiévsky))
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“Pertencemos à raça que, somente no século XX matou mais de cem milhões de criaturas da própria espécie, por ódio social ou ideologia política”. (Eckart Toole)
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A vida é o campo do possível, a terra dos sonhos, do possível e das possibilidades. Fora da vida não há sonhos, nem possibilidade alguma.
By*Brasigóis Felício
*Brasigóis Felício é escritor e jornalista. Membro da Academia Goiana de Letras, União Brasileira de Escritores, seção de Goiás e Instituto Histórico e Geográfico do Estado de Goiás e colunista do Portal 7Minutos.

