Curriculum de um criminoso
Anestesista preso por estupro já atuou como clínico, ginecologista, obstetra
E mastologista. Dados constam do Cadastro Nacional de Estabelecimentos da saúde.
Giovanni Bezerra é sócio de clínica da Vila Isabel ao lado do pai
Além de anestesiologista,
Giovanni Quintela Bezerra, preso em flagrante por estupro durante um parto no último domingo, atuou como clínico, ginecologista, obstetra e médico mastologista. Os dados constam no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e contam três anos da história profissional do médico em sete unidades de saúde na cidade.
Giovanni Bezerra começou a sua carreira como residente no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) em abril de 2019, e ficou até maio de 2020. O hospital informou que, como residente, Bezerra esteve assistido e acompanhado por um profissional em todos os procedimentos. Após o período de residência, o médico continuou prestando serviço ao hospital da Baixada até fevereiro deste ano. Depois da prisão no último domingo, o HGNI disse que fará um levantamento dos procedimentos que o médico participou, além de conversar com os pacientes para saber se houve algum problema.
Em junho de 2020,
o médico começou a atuar na clínica de ginecologia e mastologia do seu pai, da qual é sócio. Dados do CNES mostram que o anestesista trabalhou como mastologista, ginecologista e obstetra de junho de 2020 até o mês passado.
O GLOBO
procurou uma segunda clínica particular que consta no CNES como local de trabalho do médico. Lá,secretárias e médicos, que preferiram não se identificar, negaram vínculo com Bezerra. Ao serem questionados sobre o registro do CNES, um dos donos da clínica disse que o “estabelecimento pode ter sido utilizado para pagar plantões do Hospital Getúlio Vargas” e preferiu não dar mais detalhes
Em três anos de medicina,
o anestesista atuou em pelo menos dez hospitais públicos e privados. Os hospitais Copa Star e Barra D’Or, Rio Mar e Balbino informaram ao GLOBO que o cadastro de Giovanni como médico assistente está suspenso até a conclusão do inquérito policial. A Unimed-Rio informou que vetou qualquer possibilidade de atuação do médico em suas unidades. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) disse que o Bezerra prestava serviço há seis meses como pessoa jurídica para os hospitais estaduais da Mãe, da Mulher e Getúlio Vargas e que as unidades estão em contato com a Polícia Civil para colaborar com as investigações.
O Hospital de Clínicas
Mário Lioni decidiu pelo cancelamento imediato do credenciamento de Giovanni como prestador de serviços na unidade.
*Estagiária sob supervisão de Leila Youssef
By: Roberta de Souza* — Rio de Janeiro
Link original da matéria:
https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2022/07/anestesista-preso-por-estupro-ja-atuou-como-clinico-ginecologista-obstetra-e-mastologista.ghtml?fbclid=IwAR0WsWqOQkB1jj_f6R0RUfyCY4CbfOHO8tK9JZDJYJbA_u6HY3Zx9mzymSw
O anestesista Giovanni Quintella Bezerra -/ Reprodução[/caption]
Equipe de enfermagem, formada por mulheres, suspeitou do médico Giovanni Quintella Bezerra e o flagrou estupro[/caption]
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Equipe de enfermagem, formada por mulheres, suspeitou do médico Giovanni Quintella Bezerra e o flagrou estupro[/caption]
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Equipe de enfermagem, formada por mulheres, suspeitou do médico Giovanni Quintella Bezerra e o flagrou estupro[/caption]



