Páscoa do Senhor.
Celebração das Cinzas marca início da Campanha da Fraternidade
A Igreja Católica celebra hoje (22), a Quarta-feira de Cinzas e o início da Quaresma, período de preparação para a Páscoa do Senhor.

O bispo diocesano Dom João Wilk celebrou missa na catedral do Bom Jesus, quando se dirigiu aos fieis para falar sobre a importância da quaresma e também sobre a Campanha da Fraternidade, que tradicionalmente é lançada nesta data.
A celebração das Cinzas,
portanto, dá o pontapé inicial para a Campanha da Fraternidade deste ano, que tem o tema: “Fraternidade e fome”, juntamente com o lema “Dai-lhes vós mesmo de comer” (Mt 14,16.
O objetivo
é incentivar as comunidades a assumir suas responsabilidades diante da fome no país, a exemplo de Jesus que teve compaixão da multidão faminta.
O lema escolhido
é justamente uma ordem de Jesus aos seus discípulos e quando aplicado à atualidade nos dá oportunidade de viver a Quaresma em espírito de conversão pessoal, comunitária e social.
Não é a primeira vez
que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil trata a fome na Campanha da Fraternidade.
A primeira vez
em que a temática foi tratada pela Igreja no Brasil, foi em 1975, com o tema ‘Fraternidade é repartir’ e lema ‘Repartir o pão’.
A segunda foi em 1985,
com o lema ‘Pão para quem tem fome’. A fome é um desafio social e humanitário, resultado da desigualdade social.
No Brasil,
milhões de pessoas enfrentam a dura realidade de não ter o alimento em sua mesa.
Dados do Censo Escolar
registram crescimento de matrículas na educação especial
É discrepante pensar
que o país considerado o celeiro do mundo possua cerca de 33,1 milhões habitantes atingidos pela fome. Como Igreja, conforme a CNBB, a fome diz respeito à sociedade inteira.
A solução do problema
da miséria e da fome não está, portanto, somente nos recursos financeiros, mas na vida fraterna. ‘Ninguém deve sofrer com a fome quando realmente vivemos como irmãos e irmãs’.
Responsabilidade de todos
Papa Francisco afirmou, nos 75 anos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que além de trágica a fome é também uma vergonha,
“diante dessa realidade, não podemos permanecer insensíveis ou paralisados. Somos todos responsáveis”, disse.
No cartaz deste ano temos o mapa do Brasil, com mãos em destaque que repartem arroz e feijão e buscam refletir o sentido de dar vida a solidariedade guiada pela fé com o gesto retratado.
Com informações do site da Diocese de Anápolis
