Será que agora decola?
Audiência pública poderá dar novos horizontes para o Aeroporto de Cargas de Anápolis
Pelo menos, será mais uma tentativa e a expectativa e a torcida é para que dessa vez dê certo e o Aeroporto de Cargas de Anápolis possa, enfim, sair do papel.

Em um vídeo nas redes sociais, o vereador Jakson Charles (PSB) informou sobre um encontro ocorrido entre o senador Jorge Kajuru, que é do seu partido e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Nesse vídeo, o ministro afiança que com aval do presidente Lula (PT), a pasta deve promover ações para que num período de três anos o Aeroporto de Cargas possa ser entregue em condições de operacionalidade.
No mesmo vídeo, o ministro, ao lado de Kajuru, anuncia que possivelmente no mês de março, ele esteja em Anápolis, junto com o Senador, para a realização de uma audiência pública, com o objetivo de colher subsídios para o projeto.
O vereador Jakson Charles reportou que ele e o prefeito Roberto Naves, em uma reunião ocorrida ano passado, solicitaram empenho do senador Kajuru, a fim de que o problema do aeroporto pudesse ser resolvido.
Essa conversa o prefeito Roberto Naves já havia feito também com o governador Ronaldo Caiado. Nessa conversa, foram colocadas ao menos duas situações: a federalização ou o município assumir o aeroporto.
Kajuru adianta que o Aeroporto de Cargas de Anápolis, a partir dessas tratativas, deverá ser entregue “completo, estruturado e federalizado”.
Histórico de problemas
No dia 29 de outubro de 2008, uma reunião na Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA), marcava a entrega de um projeto para a Secretaria Estadual de Planejamento, visando a implantação no Terminal de Cargas no Aeroporto de Anápolis.
Depois disso, passou-se mais de ano para que houvesse a licitação.
A assinatura do contrato com a empresa vencedora do certame e o Estado ocorreu no dia 07 de julho de 2010.
Desde então, foram várias as mudanças naquela proposta que a ACIA havia encaminhado. O projeto cresceu e foi acoplado à Plataforma Logística, outra iniciativa – da mesma forma, idealizada nas melhores intenções – mas que, também, não saiu do papel.
Em 2010, o valor estimado da obra, conforme apurou o CONTEXTO na Plataforma GeoObras, do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, era de R$ 94,1 milhões.
Houve, depois, um aditivo de R$ 46, 5 milhões. Chegando, assim, a R$ 134 milhões. Porém, informações já amplamente divulgadas, apontam que os gastos chegaram na casa de R$ 300 milhões.
A obra foi por várias vezes alvos de investigação e foi judicializada, por conta de danos ambientais, sobretudo, na cabeceira da pista, com a degradação do Ribeirão Extrema.
Já são quase 14 anos de espera, muita dor de cabeça, muito dinheiro público que ainda não deu retorno para a sociedade.
De Claudius Brito