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Opinião J. R. Guzzo

De Pedro II a Alexandre de Moraes: o grande esforço que o País faz para andar para trás

O imperador brasileiro trouxe para o Brasil o telefone, recém inventado por Graham Bell. Mas se o ministro Moraes, do STF, fosse o líder máximo do País naquela época não teríamos telefone até hoje

Talvez tenha sido uma sorte, para todos nós, que quando inventaram o telefone dom Pedro II era o imperador do Brasil.

Como se conta na História, as mentes mais civilizadas da época achavam que a invenção de Graham Bell era uma geringonça sem utilidade para nada – mas Dom Pedro nunca esteve de acordo com essa avaliação, e trouxe para o Brasil, no ato, o que viria a ser uma das maiores conquistas tecnológicas da humanidade. Imaginem se, em vez dele, o imperador fosse o ministro Alexandre de Moraes.

Não haveria telefone até hoje no Brasil.

De lá para cá, em matéria de tecnologia, o Brasil se especializou em correr no pelotão de trás – ali entre o médio e baixo Terceiro Mundo, sem infâmia e sem louvor.

Salvo uma e outra coisa, como determinados tipos de avião e de motores elétricos, o resto do mundo nunca se interessou em comprar nada do que o Brasil chegou a produzir nos últimos séculos.

Nosso problema, hoje, é o grande esforço nacional em prol de andar para trás. Temos poucos Pedros II. Temos muitos Alexandres de Moraes.

O telefone foi descartado como uma bobagem – mas pelo menos ninguém achava que era perigoso. Não contavam, na época, com a astúcia do ministro Moraes.

Se estivesse ativo 150 anos atrás, teria percebido o que ninguém, a começar por dom Pedro II, percebeu. O que parecia uma inocente invenção de professor Pardal acabaria se transformando, no futuro, numa ameaça fatal à democracia.

O problema, pelo que se deduz do que o ministro fala o tempo todo em seus sermões, não seria exatamente o telefone.

Seria, como sempre, o ser humano e o seu vício incurável de utilizar os frutos do progresso para fins não previstos pelas autoridades – digamos, gente como Moraes.

Quer dizer que agora, com essa tal de comunicação à distância, qualquer um vai poder falar o que bem entende, para quem quiser, onde estiver?

Não pode.

Pior: a operação disso tudo estaria a cargo de empresas estrangeiras, já pensaram?

A qualquer minuto do dia elas poderiam usar o seu controle sobre a rede telefônica para interferir na soberania nacional – e isso aqui não é casa da Maria Joana.

Imaginem, então com os celulares, as redes sociais e os novos equipamentos da Starlink de Elon Musk, que não dependem das antenas de Moraes para manter as pessoas falando entre si.

Não é um caso de progresso, acha o ministro; é um caso de polícia.

Comunicação tem de ser monopólio do “Estado”, como imprimir dinheiro e expedir passaporte.

Pessoas que “não entendem” a liberdade de expressão não podem continuar mexendo com rede social; isso é hoje, junto com Musk, a maior ameaça para a democracia.

Moraes fica doente com essas coisas.

Por: Por J.R. Guzzo

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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