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Anápolis sente os efeitos do desflorestamento urbano

Árvores são parte da infraestrutura urbana, como postes e redes de drenagem, mas com uma diferença essencial: são equipamentos vivos que exigem planejamento.

No momento em que o mundo debate as questões ambientais, inclusive no Brasil, com a realização da COP 30, em Belém do Pará, seria importante uma pausa para reflexão sobre os danos que temos causado à natureza, principalmente no quesito desmatamento, ou, desflorestamento.

A perda da cobertura vegetal não é, apenas, nas grandes florestas ou, no Cerrado.

Ela acontece na nossa rua, no nosso bairro, às vezes de forma desapercebida, mas, acontece.

Em Anápolis, por exemplo, os mais antigos hão de se lembrar de quanto a cidade era verde até poucos anos atrás.

Hoje, perdemos grande porcentagem da arborização urbana e não há, a princípio, nenhum plano para restaurá-la.

Há ruas inteiras em Anápolis onde não se vê uma árvore sequer.

O mesmo acontece em relação a muitas praças.

A arborização urbana vai além da estética: melhora o meio ambiente e a qualidade de vida.

Cidades verdes enfrentam menos enchentes, pois o solo permeável absorve melhor a água. Isso reduz resíduos nas bacias hidrográficas, tornando a água mais pura e o abastecimento mais seguro.

A ciência comprova esses benefícios concretos para a população e o ecossistema.

A arborização atua como escudo natural, protegendo casas contra sol, ventos, poeira e poluição.

Isso reduz o uso de ar-condicionado, os impactos de vendavais e os casos de doenças respiratórias, gerando economia para famílias e para o poder público.

Além dos benefícios ambientais e econômicos, estudos indicam que árvores contribuem para a segurança pública.

Bairros arborizados atraem moradores às ruas, promovendo vigilância coletiva e transmitindo sensação de cuidado, o que tende a afastar ações criminosas e aumentar a sensação de segurança.

A Psicologia mostra que as árvores ajudam a reduzir a violência doméstica, pois atuam como reguladores emocionais.

Elas promovem bem-estar, aliviam o estresse e a impulsividade, e diminuem conflitos familiares, contribuindo para ambientes mais saudáveis e harmônicos.

Por isso, devem estar presentes não só em praças, mas também em calçadas, jardins, avenidas, margens de rios e áreas públicas.

Árvores são parte da infraestrutura urbana, como postes e redes de drenagem, mas com uma diferença essencial: são equipamentos vivos que exigem planejamento.

Por Vander Lúcio Barbosa

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Em Anápolis, por exemplo, os mais antigos hão de se lembrar de quanto a cidade era verde até poucos anos atrás.
Vander Lúcio Barbosa, diretor geral do jornal e portal CONTEXTO também é colunista do 7Minutos
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    Vander Lúcio

    Fundador e diretor do Jornal Contexto; foi repórter mirim, aos 15 anos, do Jornal de Brasília; editor, repórter e apresentador da TV Tocantins e editor de vários jornais, revistas e publicações periódicas. Também foi presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE e diretor de comunicação da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA), dentre outras atividades.

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