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Está entre os melhores artistas

Bob Dilan – Versos eternos de uma geração

Academia Sueca, cedeu aos encantos dos versos bem construídos e carregados de lirismo do cantor, atribuiu-lhe o “Premio Nobel de Literatura de 2016”.

Apesar de contestado por alguns, por motivos da escolha recair sobre um músico e não um escritor, e isto não era normal, o nome de Bob Dylan, então com 75 anos, foi anunciado em um evento em Estocolmo, na Suécia, como o premiado.

Na verdade, seu nome já vinha sendo cotado havia muitos anos, sobretudo pelo lirismo de suas letras e poesias, com grande influência na língua inglesa e costumes americanos.

Porém, segundo a secretária-geral da Academia Sueca, Sara Danius,

Dylan foi escolhido  por criar novas expressões poéticas dentro da grande tradição da música americana.

A academia citou ainda que

Dylan tem o status de um ícone e que sua influência na música contemporânea é profunda

Ele é provavelmente o maior poeta americano vivo.

Justiça feita!

Nossa missão aqui é reconhecer a poesia de Dylan e uma geração em que ele fez e faz parte: a geração dos anos sessenta do século XX. Uma geração que pregou somente a paz e o amor.

Nela, Dylan deixou sua marca e com estilo poético próprio, elevou o rock nos anos 1960 da adolescência para a intelectualidade.

Essa geração que foi definida como a geração hippie mudou a história do mundo, na música e nos costumes. Dylan, não fugiu à regra. Seu primeiro e eterno sucesso foi de questionamentos sobre a guerra, a paz e a liberdade.

Responder às nove perguntas eternas da letra da música Blowin in the Wind (Soprando no Vento), 62 anos depois, quem há de?

Tente.

Quantas estradas um homem precisará andar antes que possam chamá-lo de homem?

Sim, e quantas balas de canhão precisarão voar até serem para sempre banidas?

Sim, e quantos anos algumas pessoas podem existir até que sejam permitidas a serem livres?

Sim, e quantas vezes um homem pode virar sua cabeça e fingir que ele simplesmente não vê?

Sim, e quantas vezes um homem precisará olhar para cima antes que ele possa ver o céu?

Sim, e quantas orelhas um homem precisará ter antes que ele possa ouvir as pessoas chorar?

Sim, e quantas mortes ele causará até saber que pessoas demais morreram?

A resposta, meu amigo, está soprando ao vento.

E o mundo continua em guerra, em 2024.

Talvez seja hora de Dylan perguntar: onde está a geração “Z”?

E, com certeza, teria a resposta: conectados em alguma rede social, despreocupada com o amanhã. Só o agora lhe interessa. Triste!

A resposta aos questionamentos, dada pelo próprio poeta, do “por quanto tempo” da letrada letra “soprando ao vento” passa-nos a ideia de que ninguém sabe e“por quanto tempo”  que só quem viver verá e isto causa um sentimento de angústia sem fim.

É esperar para ver o que vai acontecer.

Para entender melhor a música, contudo, é preciso entender os momentos político e econômico e os valores sociais da época da sociedade americana, exausta de tantas guerras (Coréias, Vietnam e outras).

A geração paz e amor combatia isto.

Bob Dylan deu sua contribuição.

Dylan, além de composições poéticas, publicou vários livros, entre eles: “Tarântula” em 1971; “Writings and drawings”, com textos e desenhos.

Ele é autor ainda do best-seller autobiográfico “Chronicles”. em 2004, entre outros. Premiado com o Grammy, Globo de Ouro e o Oscar, faltava-lhe este reconhecimento.

Por tudo isto, aplaudo a premiação que, a meu ver, extrapola a poesia e a literatura pura.

Vai mais além. Premia e reconhece, merecidamente, por meio do poeta maior Dylan, toda uma geração: a geração BABY BOOMERS, na qual me incluo.

PALMAS!…

By Moacir de Melo – Veja vídeo

Link original da matéria:
REVISTA PLANETA ÁGUA

Foto de 2012 mostra cantor norte-americano Bob Dylan no segundo dia do Hop Festival em Paddock Wood, Kent, Reino Unido — Foto: Reuters/Ki Price

 

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    Odilon Alves

    Odilon Alves Rosa, jornalista, advogado, radialista e economista começou a atuar na área de comunicação nas rádios Cultura e Santana de Anápolis, como redator, na década de 1970. Depois foi locutor na Rádio Carajá, período em que foi também repórter e redator do jornal Folha de Goyaz. Em 1979, assumiu a redação da Rádio Imprensa de Anápolis. Lá, como produtor, repórter, redator e apresentador, foi destaque nos programas Fatonotícia, Sua Opinião é um Sucesso e Circuito Fechado. Na Rádio São Francisco, outra emissora da cidade, atuou como repórter e apresentador do programa Som Contemporâneo e, na Rádio Manchester, criou e apresentou o programa O que faz o Vereador. Foi assessor de imprensa na Câmara Municipal de Anápolis e na LBA - Legião Brasileira de Assistência, em Goiânia, locutor na Rádio Interativa e editor da Revista Impacto, em Cuiabá (MT) de onde retornou em meados da década de 80, para assumir a direção da sucursal do Diário da Manhã em Anápolis (GO) e novamente a assessoria de imprensa da Câmara Municipal. Dirigiu a sucursal anapolina do jornal Top News por dois anos. É diretor-geral da Revista Planeta Água (site e revista digital), diretor de Comunicação da Associação Comercial e Industrial de Anápolis e membro titular do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Saneamento.

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