A invasão da Ucrânia por tropas russas é mais uma tragédia que poderia perfeitamente ser atribuída à imbecilidade humana ou à cegueira de líderes de nações onde os valores materiais se sobrepõem aos valores éticos e espirituais.
Qualificada por analistas
como a ante-sala da 3ª Guerra Mundial, a invasão e os bombardeios das cidades ucranianas
ocorreram num momento em que a humanidade, psicologicamente
combalida pela pandemia do Coronavírus, carece, mais que nunca, de tolerância, renúncia e
amor.
Mas apesar da tragédia
e do absurdo cometidos por humanos contra humanos, a
criminosa invasão trouxe algumas lições.
Como alerta imediato a chamada “Guerra da Ucrânia” nos demonstra o grau de
insensilidade a que chegou o ser humano, reforça a banalização da violência e escancara a
ação de mercadores de armas oportunistas e inconsequentes que agem como urubus.
Dentre outros alertas,
um se destaca por sua urgência em relação à qualidade
de vida na Terra. Na contagem regressiva do relógio climático, em que as mesmas nações
poderosas e dominadoras procrastinam a promessa de zerar as emissões de gases
poluidores da atmosfera, provocando a aceleração do aquecimento global, visualiza-
-se cristalinamente a urgente necessidade de investimentos maciços para
mudar a matriz energética no planeta.
Energias renováveis
como a eólica e a solar são alternativas adotadas, ainda
timidamente, pela maioria dos países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Com a danosa e perigosa dependência do petróleo russo, arábico ou venezuelano, o mundo
se fragiliza tornando-se uma marionete nas mãos dos detentores das maiores reservas de
combustível fóssil do planeta.
E só há uma saída
para escapar dessa armadilha: incrementar os investimentos em
energias limpas, porém, o mais vergonhoso para todos nós é admitir que
foi necessária uma guerra para que tal mudança fosse considerada com seriedade como
única salvação da Terra.
Odilon Alves Rosa
Jornalista da Revista Plante àgua, e colunista do 7M inutos