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Foi implantado na década de 80,

Esgotamento da capacidade do Mercado do Produtor prejudica a economia de Anápolis

A falta de uma proposta mais ampla para a comercialização de produtos oriundos de granjas, hortaliças, pomares e outros setores da hortifruticultura no Município de Anápolis.

Na visão de vários operadores desse sistema, tem permitido a evasão de divisas para outros municípios e, até, para outros estados.

O maior centro atacadista desses produtos em Anápolis, o Mercado do Produtor, implantado na década de 80, durante o governo Adhemar Santillo, exauriu sua capacidade e não comporta, mais, o volume de alimentos que para lá é direcionado, muito menos, oferece uma logística inteligente para a expedição das cargas.

Por isso, muitos produtores têm preferido viajar mais 50 quilômetros para comercializarem com os compradores da Central de Abastecimento (CEASA) em Goiânia.

Isso, por certo, causa prejuízo para o erário municipal, pois ele deixa de arrecadar tributos, em grande quantidade, resultantes das transações comerciais.

O Mercado do Produtor em Anápolis, aos 39 anos de existência, não é mais, nem de longe, o grande centro comercializador de então. Antes de sua implantação, esse tipo de comércio atacadista era feito em céu aberto, no local onde é, hoje, o estacionamento do Feirão Coberto do Jundiaí.

E, quando de sua ativação, estabeleceu-se um novo marco nesse tipo de empreendedorismo, pois a tonelagem de produtos destinados às “pedras”, ou pontos de exposição de verduras, legumes, frutas e derivados, não parou mais de aumentar.

Esgotamento previsível

Ao longo da última década esta deficiência tem sido exposta por comerciantes e compradores. Mesmo com o esforço da Prefeitura, através de várias administrações, não tem sido possível oferecer um ambiente mais adequado para as operações comerciais, devido ao crescimento que se observou e, ainda se observa

. São muito os caminhões, carretas, utilitários e assemelhados a disputarem espaço nas apertadas ruas que contornam o Mercado.

O pátio interno não comporta o movimento e os frequentadores diários do local se mostram angustiados. Não há condições ideais para o repouso dos fornecedores que chegam de longas viagens e não têm uma rede de atendimento.

A segurança, ainda, não é a ideal e não há o que se fazer em termos de se aumentar o espaço físico, pois todos os imóveis que circundam o Mercado são edificações, algumas bastante sólidas.

Alguns empresários de maior poder aquisitivo, instalaram grande depósitos para a regulação do movimento.

Mas, a grande maioria é constituída de pequenos e médios comerciantes que não têm como fazer igual. E, por serem produtos perecíveis, as verduras, frutas, legumes, ovos e similares, têm de ser redirecionados para outras praças.

Como Goiânia, Aparecida de Goiânia e Brasília principalmente. A solução, de acordo com os comerciantes, seria a transferência do Mercado do Produtor para um local mais amplo, com mais facilidades para o tráfego de veículos e espaço para o condicionamento dos produtos.

Só que, esta ideia é reprovada por muitos dos que já têm seu boxes e seus depósitos ali. Estes não querem dispender recursos para novas instalações. Outra saída apontada, seria construção de um novo mercado, em região diversa da atual.

Ou seja, Anápolis ficaria com dois mercados atacadista de hortifrutis. Mas, enquanto isso não acontece, o Município perde milhões de reais em tributos que vão parar nos cofres de outras prefeituras.

Ameaça real

E, enquanto não se encontra uma solução para este impasse, o Governo do Estado anuncia a construção de feirões em várias cidades do Entorno do Distrito Federal o que, certamente, promoverá o carreamento de grande parte da produção que se destina a Anápolis, para aquela região.

A Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços e o Gabinete de Políticas Sociais, começam a entregar, no segundo semestre deste ano, esses espaços. Denominado “Mercadões Goianos”, o projeto conta com 250 milhões de reais, provenientes do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás e contemplará cinco municípios.

Atualmente, o que está com as obras mais adiantadas é o de Águas Lindas de Goiás. Santo Antônio do Descoberto concluiu o processo de licitação e o de Valparaíso está na fase dos trâmites licitatórios, com edital já publicado. Segundo o Secretário Estadual de Indústria, Comércio e Turismo, Joel Sant’Ana Braga Filho, está prevista a instalação do Vapt Vupt e de salas para cursos de capacitação nos referidos mercadões.

São quase 8,5 mil metros quadrados em dois pisos e acabamento de primeira linha, dando dignidade aos pequenos comerciantes, feirantes e pessoas que vendiam seus alimentos antes em locais sem condições de higiene e limpeza, reforça Joel Braga Filho. Seria hora, então, de as lideranças políticas de Anápolis reivindicarem tratamento igualitário junto ao Governo Estadual e conseguirem recursos para projeto semelhante no Município.

Por: Nilton Pereira

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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