LUPA PESQUISAS
Márcio deve vencer com mais que o dobro de votos de Gomide
Dados são relativos à consulta estimulada; levantamento realizado nos dias 23 e 24 ouviu 600 eleitores anapolinos
O candidato a prefeito de Anápolis Márcio Corrêa, do PL, tem 60,33% das intenções de votos dos eleitores anapolinos, segundo levantamento estimulado realizado pelo Lupa Instituto de Pesquisas.
O candidato Antônio Gomide (PT) foi citado por 27,50% dos entrevistados.
Neste caso, a vantagem de Corrêa é de 32,83%.
Os pesquisadores ouviram 600 eleitores anapolinos nos dias 23 e 24 de outubro.
A margem de erro da pesquisa é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa do Instituto Lupa, registrada no TSE sob o número GO-00480/2024, ainda na estimulada, apresenta um número relevante de eleitores que disseram ainda não saber ou não quiserem responder: 11,33%.
E apenas 0,83% informaram que não pretendem votar em nenhum dos dois candidatos.
Na eleição do 1º turno, 6,21% dos eleitores votaram branco ou nulo, quase 13 mil eleitores.
Na consulta espontânea, realizada pelo Lupa, a diferença em favor de Márcio Corrêa ainda é maior: 33,5%.
Nesta modalidade, 57,67% dos entrevistados disseram que pretendem votar no candidato do PL, enquanto 24,17% citaram Antônio Gomide.
A pesquisa espontânea é aquela em que o pesquisador não apresenta os nomes dos candidatos ao eleitor, que respondem à pergunta de forma natural.
Nesta modalidade, 17,33% dos consultados disseram não saber em quem votar ou não responderam.
Apenas 0,83% afirmaram que não votam em nenhum dos candidatos.
O resultado do 1º turno das eleições apresentou Corrêa com 49,59% dos votos (97.049) e Gomide com 35,45% (69.370).
Faltaram 0,41% de votos para o liberal, para que o pleito fosse decidido no 1º turno.
Naquela oportunidade, outro dado que chamou a atenção foi a abstenção: 84.023 eleitores (28,71%) não foram votar.
Os ausentes, somados aos brancos e nulos, chegaram a 96.976 eleitores (33,14%).
REJEIÇÃO
Antônio Gomide, segundo o levantamento do Lupa Pesquisas, tem rejeição de 33,67% dos eleitores entrevistados.
Ou seja, esse é o percentual daqueles que disseram que não votam no candidato do PT.
A rejeição a Márcio Corrêa é de 8,33%, 25,24 p.p. a menos que o adversário.
Um dado considerável é que 48,33% dos eleitores responderam que não rejeitam os dois candidatos, enquanto 2,50% disseram rejeitar ambos.
Segundo a pesquisa, 7,17% disseram não saber em quem votar, ou não quiseram responder.
As campanhas, comumente, monitoram os dados relacionados à rejeição, para nortear as estratégias de ação em relação ao seu candidato.
Esse tema é sempre um sinal de alerta para os coordenadores de campanha.
Numa entrevista concedida ao jornal O Globo, em 2022 [em plena eleição para Presidente da República] o cientista político Antônio Lavareda, do Ipespe, explicou que a rejeição não significa ódio.
Pode ser gerado por desconhecimento ou motivado por uma causa específica.
Os índices de reprovação, segundo os especialistas no assunto, podem influenciar o chamado ‘voto útil’.
ESPECIFICAÇÕES
No relatório de sua pesquisa, o Instituto Lupa informou que, entre os 600 eleitores entrevistados, 47,33% eram do sexo masculino e 52,67%, do feminino.
A faixa etária com maior índice de entrevistas é de 35 a 44 anos (22,50%) e, depois, de 25 a 34, e de 45 a 59 anos, com 21,50% de entrevistados cada.
Os jovens e os idosos ficaram nas extremidades, com média de 17% de consultados.
Foram ouvidos 47,17% de pessoas com escolaridade do ensino médio, enquanto os de ensino fundamental e superior ficaram na média de 23%.
Os eleitores com renda de 1 a 3 salários mínimos significam 89,46% dos entrevistados.
As consultas foram realizadas em 51 bairros, em diferentes regiões da cidade.
Por: Orisvaldo Pires