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By J. R. Guzzo

Cármen Lúcia e a Amazônia

Desde quando o Exército Brasileiro tem de pedir licença à ministra, ou a quem quer que seja, para ir a algum lugar do território nacional?

Os atuais ministros do STF estão numa disputa cada vez mais agitada para ver quem, entre os onze, consegue fazer os piores papéis.

Há, é claro, os grandes craques, gente da qualidade de um Gilmar Mendes ou Antonio Toffoli, Edson Fachin ou Luís Roberto Barroso — especialmente esse Barroso, que se esforça todos os dias para ser nomeado guardião supremo da virtude no Brasil e, possivelmente, no resto do mundo.

Mas sempre há um lugarzinho para a turma da segunda divisão tentar alguma coisa.

É o caso da ministra Cármen Lucia, que andava entregue à pequenez habitual de sua presença na mídia, hoje mais excitada com colegas que falam de “genocídio”, de “dictatorship” etc.

É a velha história.

Se ninguém está prestando atenção em você, tenha um ataque de nervos; sempre haverá quem pare um pouco para olhar.

O último chilique da ministra foi dar “cinco dias” para o Exército explicar a sua “presença” na Amazônia.

Como assim?

Desde quando o Exército Brasileiro tem de pedir licença à ministra Cármen, ou a quem quer que seja, para ir a algum lugar do território nacional?

Tanto quanto se saiba, as Forças Armadas têm o direito de estar presentes em cada palmo dos 8,5 milhões de metros quadrados deste país.

Não podem ir para o Paraguai ou para a Bélgica, mas aqui dentro podem, sim.

Ou melhor, têm a obrigação legal de estar presentes — não podem dizer que a esse ou àquele lugar “a gente não vai”.

Por que a ministra Cármen não pergunta, então, o que o Exército está fazendo no Paraná?

Ou em Pernambuco?

Perderam a noção.

A maior parte das fronteiras do Brasil com os seus vizinhos fica na Amazônia.

Uma das principais funções de um exército, em qualquer lugar do planeta, é vigiar as fronteiras nacionais; se não fizer isso, quem vai fazer em seu lugar?

Uma ONG?

A PM de Alagoas?

Os “capinhas” do STF?

O Exército não precisa preencher um formulário em quatro vias para explicar por que mandou o pelotão X ou Y se deslocar do ponto A ao ponto B dentro do território brasileiro.

Só num lugar como o atual STF, em seu show diário para convencer a si próprio que manda no “governo militar, antidemocrático e fascista” que está aí, daria para encontrar quem acha o contrário.

É, para resumir a ópera, mais uma comprovação da crescente incapacidade do STF em funcionar como uma corte de Justiça de país decente.

Para piorar o que já é ruim, o despacho da ministra Cármen foi feito para satisfazer — acredite se quiser — um pedido do Partido Verde, que conta com quatro deputados (4) entre os 513 que formam a Câmara.

Pode isso, Arnaldo?

Sobra, melancolicamente acima de tudo, a clara sensação de mais uma palhaçada top de linha.

Por acaso o Exército Brasileiro vai abandonar a Amazônia para atender ao Partido Verde, ou à doutora Cármen?

Não vai.

Então chega.

Link original da matéria:
https://revistaoeste.com/carmen-lucia-e-a-amazonia/

[caption id="attachment_87043" align="alignnone" width="1024"] A ministra do STF Cármen Lúcia durante o 7º Fórum Liberdade de Imprensa & Democracia
Foto: ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL[/caption]
https://youtu.be/UjsJEZzEnOA
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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