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Ou seja, não dá para entender...

Mourão diz que não era possível prever situação em Manaus

E que governo faz 'além do que pode. Vice-presidente criticou a falta de recursos da FAB, que segundo ele teve que se desfazer de aeronaves do tipo Boeing por 'problemas de orçamento'

 

BRASÍLIA – O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira, 15, que o governo tem feito “além do que pode dentro dos meios que dispõe” para auxiliar no combate à segunda onda da covid-19 em Manaus (AM).

Com a explosão de casos da doença, a capital do Estado sofre com a sobrecarga da rede de saúde e a falta de oferta de oxigênio para atendimento de pacientes. Segundo o vice, não era preciso prever que a situação fosse chegar nesse ponto.

“O governo está fazendo além do que pode dentro dos meios que a gente dispõe”,

disse em conversa com jornalistas ao chegar ao Palácio do Planalto. Mourão destacou que na Amazônia “as coisas não são simples” e citou os desafios de logística da região.

“Manaus é a cidade mais populosa da Amazônia Ocidental e você só chega lá de barco ou de avião. Então, qualquer manobra logística para aumentar a quantidade de suprimento lá requer meios”, afirmou.

O vice-presidente criticou a falta de recursos da Força Aérea Brasileira (FAB), que segundo ele teve que se desfazer de aeronaves do tipo Boeing por “problemas de orçamento”. como Estadão mostrou, a FAB também está enfrentando falta de recursos para manutenção de sua frota.

“Chega nessa hora a gente vê que não pode deixar com que a nossa última reserva, que são as Forças Armadas, sem terem as suas capacidades”, ressaltou o vice.

Mourão negou, contudo, que tenha ocorrido um despreparo do governo em termos de logística quanto à oferta de oxigênio.

“Você não tem como prever o que ia acontecer com essa cepa que está ocorrendo lá em Manaus totalmente diferente do que tinha acontecido no primeiro semestre (a pandemia)”, disse.

Para ele, o governo estadual e municipal

“deveriam ter tomado as medidas necessárias no momento certo”

quanto à conscientização das pessoas sobre a pandemia.

“Não é questão de ter um lockdown, é você comunicar à população que ela tem que manter determinadas regras no intuito de não se contaminar em uma velocidade tal que o sistema de saúde não consiga absorver”, observou.

O vice-presidente sugeriu ainda que o brasileiro não é propenso a seguir medidas de restrição.

“Nosso povo, ele não tem essa, vamos dizer assim… Essa imposição de disciplina em cima do brasileiro não funciona muito. A gente tem que saber lidar com essas características e buscar informar a população no sentido de que ela se proteja”, opinou.

Vacina da Índia
Mourão afirmou que é preciso “confiar na palavra do ministro da Saúde”, Eduardo Pazuello, sobre a chegada de 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford vindas da Índia.

“Por enquanto é o que ministro da Saúde está dizendo, então vamos confiar na palavra dele”, disse.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, no entanto, disse nesta quinta-feira, 14, que é “muito cedo” para falar sobre exportação de vacinas para outros países.

A previsão do governo brasileiro é enviar um avião na noite desta sexta-feira, 15, rumo à Índia, para buscar as doses da vacina, produzidas pelo laboratório indiano Serum. Questionado, o Ministério da Saúde ainda não se manifestou se as declarações do porta-voz do governo indiano alteram os planos.

O governo conta com essas doses para iniciar a vacinação no dia 20 de janeiro, caso haja autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o imunizante de Oxford.

O avião estava previsto para decolar de Recife ontem, 14, mas o voo foi adiado por “problemas logísticos internacionais”, segundo Pazuello. Ainda não há previsão sobre a chegada das doses ao Brasil.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que a data de retorno

“está sendo avaliada de acordo com o andamento dos trâmites da operação de logística feita pelo governo federal em parceria com a Azul”.

O pouso será no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio.

By Emilly Behnke, O Estado de S.Paulo

 

Opinião Carlos Marcelo Cardoso Fernandes- 7Minutos

Ontem o Vice Presidente reclamou da falta de apoio às Forças Armadas e que antes a FAB tinha boeing.

Sim, antigos e antiquados Boeing 707 que foram transferidos da Varig, ainda na década de 1980, para pagamento de dívidas junto ao Ministerio da Aeronáutica.

Essas aeronaves foram sendo desmanteladas e uma delas sofreu um acidente no Haiti, e acabou-se essa fase.

Daí o Comando da Aeronáutica alugou um Boeing 767, a custos exorbitantes, para apoiar o compromisso internacional da tropa de paz no Haiti.

Claro que esperava-se receber o moderno KC 390 em 2017.

Só chegou em 2019, e agora são 3 aeronaves.

E essa semana uma dessas aeronaves partiu para um jogo de guerra nos Estados Unidos, mesmo considerando a grave situação logística de Manaus.

O Vice Presidente deveria se informar melhor, até mesmo porque é um General.

Triste isso, usar de informações que acha que ninguém vai contestar.

Claro que teríamos de ter uma frota digna de aeronaves cargueiras para as Forças Armadas, tão concentradas ainda no litoral e no Rio de Janeiro.

A frota prevista de KC 390 mal dá para equipar um Esquadrão, na melhor acepção da palavra, pois quando começarem as revisões, a disponibilidade cairá para poucas ou talvez nenhuma aeronave voando em certos momentos.

O mesmo se dá com o combate a incêndios florestais. Existem somente dois kits de dispersão de atenuantes de fogo, que são instalados nos C130 Hercules…aeronaves que estão sendo desativadas.

Ou seja, não dá para entender.

By Carlos Marcelo Cardoso Fernandes

Coronel Intendente da Reserva da Força Aérea, é Administrador de Empresas com atuação por mais de 22 anos na Administração Pública Federal.

É Auditor Interno, Historiador e um cidadão brasileiro e colunista do Portal 7 Minutos.

Link original da matéria:
https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,mourao-diz-que-nao-era-possivel-prever-situacao-em-manaus-e-que-governo-faz-alem-do-que-pode,70003582297

[caption id="attachment_91855" align="alignnone" width="1024"] Funcionários do Hospital João Lúcio, transferindo corpos no início de janeiro. Desde o fim do ano a cidade de Manaus está em estado crítico, com falta de leitos e de oxigênio Foto: Sandro Pereira/Fotoarena[/caption]
[caption id="attachment_91856" align="alignnone" width="1024"] Carlos Marcelo Cardoso Fernandes.  Coronel Intendente da Reserva da Força Aérea, é Administrador de Empresas com atuação por mais de 22 anos na Administração Pública Federal.  É Auditor Interno, Historiador e um cidadão brasileiro e colunista do Portal 7 Minutos.[/caption]
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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