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ANVISA emitiu Autorização

A Cannabis Pode Proporcionar um Grande Crescimento no Agronegócio Brasileiro

Há quase 9 anos, a ANVISA emitiu a primeira Autorização de Importação (AI) para medicamentos à base de Cannabis, através de sua primeira resolução que trata sobre o assunto em território nacional, em 2015.

Há quase 9 anos, a ANVISA emitiu a primeira Autorização de Importação (AI) para medicamentos à base de Cannabis, através de sua primeira resolução que trata sobre o assunto em território nacional, em 2015.
No mesmo ano, o Projeto de Lei PL 399/15 foi apresentado para possibilitar o cultivo de Cannabis para uso exclusivo em pesquisas e fabricação de produtos para a saúde. Até a presente data, o referido PL continua sem perspectivas de aprovação, segurando, claramente, o crescimento do agronegócio no Brasil.
Atualmente, mais de 12 Estados brasileiros aprovaram suas Leis, possibilitando o fornecimento de medicamentos à base de Cannabis através do SUS. Isto, por si só, seria um grande avanço, se não fosse pelo impedimento legal do cultivo desta planta no Brasil. Por este motivo, 100% dos extratos (IFA – Insumo Farmacêutico Ativo) para a fabricação dos produtos de cannabis medicinal e mais de 90% dos produtos comercializados nas farmácias e drogarias, são importados.

Para esclarecer melhor, como o cultivo de Cannabis (medicinal) e Cânhamo (industrial) podem alavancar a economia agro, trago alguns dados para avaliação.
Desde 1996, mais de dois terços dos estados dos Estados Unidos aprovaram o uso medicinal da Cannabis ao longo dos anos. Hoje são um total de 38 estados tendo uma venda de, aproximadamente, US$ 100 bilhões.
A produção do cânhamo industrial foi legalizada a nível federal, nos Estados Unidos, em 2018, durante o governo Donald Trump, e possibilitou ao agronegócio estadunidense mais uma opção de cultivo que, em 2022, foi avaliada em US$ 13,2 bilhões e segue em crescimento. Durante o ano de 2021, o mercado de cânhamo movimentou US$ 824 milhões nos Estados Unidos. Na China, no mesmo ano de 2021, a movimentação foi acima de US$ 1,7 bilhão.

Atualmente, a China é o maior processador do cânhamo industrial e nossos vizinhos latino-americanos já entenderam isso. O Uruguai, Paraguai e a Colômbia estão exportando a biomassa para a China processar e transformar.

A Prohibition Partner, empresa inglesa de análise de mercado, estima que, em 2022, as vendas globais ultrapassaram a soma de US$ 45 bilhões e podem chegar a US$ 101 bilhões até 2026.
Segundo a Senadora Mara Gabrili, “Já passou da hora do agro brasileiro abrir os olhos para a cannabis e o cânhamo”.

Enquanto isso, sem regulamentação, seguimos uma terra sem lei e sem plantio, desperdiçando todo o potencial de nosso agronegócio. Somos o principal produtor mundial de diversas culturas, como soja, café, açúcar, suco de laranja… mas ainda temos olhos fechados para o cânhamo industrial e cannabis medicinal.

Foto: Reprodução
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    Fernando Costa Oliveira

    Paranaense, desde 2005 em Goiás, é formado em Farmácia Industrial pela Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), especializado em Gestão de Tecnologia Industrial Farmacêutica pela PUC/GO e em Gestão da Qualidade e Produtividade pela Fundação Oswaldo Cruz, além de Especialista em Cannabis Medicinal e Cânhamo Industrial, tem experiência de 20 anos em indústria do ramo farmacêutico, assumindo cargos de gestão e Responsabilidade Técnica de CIA's como a Cosmed (detentora das marcas Mantecorp-Farmasa, do grupo Hypera) e, desde de 2019, dedica-se ao crescimento global de Cannabis Medicinal e Cânhamo Industrial, sendo um dos primeiros farmacêuticos do Brasil a se dedicar ao assunto. O intuito do canal é informar e atualizar os leitores sobre os avanços da medicina endocanabinóide e da tecnologia industrial por traz da planta Cannabis sp., trazendo a tona assuntos ligados a Política, Economia, Medicina, Agronegócio, Indústria, dentre outros assuntos relacionados a esta planta historicamente utilizada em diversas frentes e, há centenas de anos, "demonizada" por parte da população mundial.

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