Aguardam o alvará de soltura
Empresário é preso por engano por ter o mesmo nome de criminoso, denuncia família
Defesa afirma que dados do empresário foram inseridos do inquérito após suspeito não apresentar documentos.
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Família aguarda a emissão do alvará de soltura.
Um empresário de 34 anos foi preso por engano por ter o mesmo nome que o autor de um furto, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, denuncia a família.
Segundo a advogada Thalyta Gomes, toda a investigação e o processo foram julgados sem perceber o erro no documento do réu.
“Todos os dias levantamos cedo, vamos trabalhar e voltamos para casa, foi um susto,
afirmou Thalita Mendes, esposa do empresário, à TV Anhanguera.
Bruno Oliveira Ferreira foi preso na noite de quinta-feira (15), em Goiânia. A advogada do empresário afirma que os dados dele foram inseridos no inquérito durante a investigação do furto de uma moto, que aconteceu em junho de 2016.
O processo correu sem ninguém perceber o erro,
afirma Thalyta.
A advogada detalha que, no dia do furto, o suspeito de 31 anos foi preso em flagrante e só disse o próprio nome, que é o mesmo do empresário. Em nota, a Polícia Civil (PC) afirma que já foi contatada pela defesa do empresário e que trabalha para esclarecer os fatos.
Quando a pessoa é presa e não apresenta a documentação, tem que fazer a identificação pela biometria, o que não foi feito,
afirma.
Thalyta afirma que, após a prisão em flagrante, o próprio suspeito informou o nome da mãe e que não tinha registro do pai, dados que, segundo a advogada, são diferentes do empresário.
Porém, em uma mesma página do inquérito tem os dados dos dois Brunos e foi enviado assim à Justiça
, disse.
O Bruno autor do crime foi solto durante a audiência de instrução após conseguir uma liberdade provisória.
No processo tem as imagens e vídeos que mostram, claramente, que é ele, destaca a advogada.
Thalyta conta ainda que o suspeito morreu em um acidente de trânsito, em agosto de 2022.
Como o Bruno é empresário e tem todos os dados atualizados, foi fácil achar ele.
Os policiais foram até a casa dele e o prenderam”, detalha.
Em entrevista à TV Anhanguera, a família do empresário disse estar em choque, pois Bruno não tem nenhuma passagem pela polícia.
Nós queremos Justiça, afirma a esposa do empresário.
Só peço a Deus que ele saia hoje, pois ele não deve [a ninguém], desabafou o pai Waldivino Ferreira.
Thalyta conta que o empresário passou por uma audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (16), momento em que eles apresentaram as provas de que ele não é o real autor do crime.
Até a tarde deste sábado (17), a família aguarda a emissão do alvará de soltura do empresário.
Íntegra da nota da Polícia Civil:
O fato é relativo a inquérito policial do ano de 2016, já concluído e em fase de instrução judicial. A Delegacia de Rio Verde foi contactada pela defesa do investigado e está auxiliando no melhor esclarecimento da qualificação do suposto autor.
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Por Augusto Sobrinho, g1 Goiás
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