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Inquérito do Golpe

Fux diverge sobre competência da Primeira Turma e defende que julgamento seja no plenário

Em votação preliminar que ocorre na Primeira Turma e mira o ex-presidente e outros sete acusados, o colegiado decidiu por não levar o julgamento ao plenário.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux divergiu do ministro Alexandre de Moraes e votou para que o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete indiciados por tentativa de golpe de Estado, seja levado para o Plenário da Suprema Corte.

 

Em votação preliminar que ocorre na Primeira Turma e mira o ex-presidente e outros sete acusados, o colegiado decidiu por não levar o julgamento ao plenário.

Ou nós estamos julgando pessoas que não exercem mais função pública e não têm mais foro de prerrogativa do Supremo,

ou nós estamos julgando pessoas que têm essa prerrogativa.

E o local correto seria, efetivamente, o plenário do STF, declarou Fux em seu voto da preliminar.

O magistrado foi vencido pelo voto dos demais e o julgamento segue na Primeira Turma da Corte.

Quem está julgando a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra os investigados por tentativa de golpe de Estado é a Primeira Turma do STF.

A turma é formada por cinco ministros da Corte: Alexandre de Moraes (relator do caso), Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.

A defesa de Bolsonaro, contudo, recorreu da decisão e solicitou que a votação seja levada ao Plenário do STF, quando os onze ministros da Corte julgam o caso.

Nesse caso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, André Mendonça, Nunes Marques e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, também julgariam os oito acusados.

Nesta terça-feira (25), Primeira Turma deu início ao julgamento que pode tornar Bolsonaro e os demais indiciados réus por suposta tentativa de golpe de Estado.

Durante a manhã, Moraes fez uma apresentação da denúncia e as defesas dos acusados se manifestaram e pediram pelo não prosseguimento da denúncia, além de apresentarem questionamentos preliminares a serem votados pela Corte.

Entre preliminares analisadas, a de que o ministro Alexandre de Moraes deveria ser afastado do julgamento da denúncia, a de competência do STF em julgar a denúncia e a de levar o processo ao plenário em vez de manter na Segunda Turma.

Os ministros agora votam tais competências.

Em seu voto,

Luiz Fux divergiu de Moraes e acolheu a preliminar de levar o julgamento ao plenário da Suprema Corte.

O ministro Celso de Melo, professor de todos nós, dizia que a competência de foro não deve criar privilégios e nem criar justificativas e restrições a quem quer que seja.

Portanto sempre procurei seguir esse entendimento […] Eu peço todas as vezes para acolher essa preliminar, declarou.

 

Por Carinne Souza

 

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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