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"cabeça a prêmio"

Substituto de Levy no BNDES será indicado por Paulo Guedes e deve ser da iniciativa privada

Presidente do banco pediu demissão neste domingo (16). No sábado (15), Bolsonaro disse que Levy estava com 'cabeça a prêmio' e que, se não demitisse diretor, seria demitido.

O substituto de Joaquim Levy no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e deve ser da iniciativa privada, informaram integrantes da equipe econômica.

Levy pediu demissão do cargo neste domingo (16), um dia após o presidente Jair Bolsonaro ter dito que ele estava com a “cabeça a prêmio”.

Bolsonaro disse na tarde deste sábado (15) que, se Levy não demitisse o diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos Barbosa Pinto, ele, Bolsonaro, demitiria Levy. Poucas horas depois, Marcos Pinto renunciou ao cargo.

Segundo apurou a TV Globo, o próximo presidente do BNDES terá de focar os trabalhos nas seguintes áreas:

programas de saneamento;
infraestrutura;
privatizações;
reestruturação de estados e municípios.
Ainda de acordo com integrantes do governo, o substituto de Joaquim Levy também deverá ter como objetivos devolver à União parte dos recursos emprestados ao BNDES, além de buscar investimentos no exterior.

Embora a nomeação de Marcos Pinto tenha sido a “gota d´água’ para Bolsonaro, integrantes da equipe econômica afirmam que o presidente estava insatisfeito com Joaquim Levy havia três meses.

Isso porque, na avaliação desses integrantes, Levy não havia cumprido a promessa de campanha de Bolsonaro de “abrir a caixa-preta” do BNDES em relação a empréstimos para Venezuela e Cuba nem havia buscado investimento no exterior.

Bolsonaro estava ‘angustiado’
Ao colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti, Paulo Guedes disse que Bolsonaro estava “angustiado”. Acrescentou que entendia a “angústia” em razão de Levy ter escolhido “nomes ligados ao PT” para o banco.

Marcos Pinto, cuja demissão foi cobrada por Bolsonaro, foi chefe de gabinete de Demian Fiocca na presidência do BNDES (2006-2007). Fiocca era considerado, no governo federal, um homem de confiança de Guido Mantega, ministro da Fazenda nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

“Ninguém fala em ‘abrir a caixa-preta’ e ainda nomeia um petista. Então, fica clara a compreensão da irritação do presidente”, disse Guedes ao Blog do Camarotti.

Segundo o colunista João Borges, Guedes e Bolsonaro conversaram neste sábado logo após o presidente ter dito que Levy estava com a “cabeça prêmio”. A declaração fez os integrantes da equipe econômica considerarem “insustentável” a situação do agora ex-presidente do BNDES.

Atualização:

Entenda o que levou ao pedido de demissão do presidente do BNDES

Joaquim Levy apresentou carta de demissão ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que aceitou o pedido. Descontentamento do presidente Jair Bolsonaro com Levy gerou a crise.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, entregou carta de demissão neste domingo (16) ao ministro da Economia, Paulo Guedes. O ministro aceitou a demissão.

O pedido acontece um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro ter afirmado a jornalistas que Joaquim Levy estava com a “cabeça a prêmio”.

Isso porque, Bolsonaro teria determinado a Levy que demitisse o diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos Barbosa Pinto. Bolsonaro chegou a afirmar que se Levy não demitisse Barbosa Pinto, seria ele, Levy, demitido.

“Eu já estou por aqui com o Levy. Falei para ele: ‘Demita esse cara na segunda-feira ou demito você sem passar pelo Paulo Guedes'”, disse o presidente.

Marcos Pinto, a quem Bolsonaro se referiu, foi chefe de gabinete de Demian Fiocca na presidência do BNDES (2006-2007). Fiocca era considerado, no governo federal, um homem de confiança de Guido Mantega, ministro da Fazenda nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Ainda na noite deste sábado, Marcos Pinto enviou carta de renúncia a Joaquim Levy. Na carta, Marcos Pinto afirmou que decidiu deixar o cargo em razão do “descontentamento manifestado” pelo presidente Jair Bolsonaro.

Segundo João Borges comentarista de economia da GloboNews, o presidente Jair Bolsonaro nunca recebeu bem o nome de Joaquim Levy para o BNDES (vídeo abaixo), que foi uma escolha pessoal do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Bolsonaro, segundo João Borges, se incomodava com a carreira pregressa de Levy – ele foi secretário do Tesouro e ministro da Fazenda em governos do PT.

Por fim, Bolsonaro também estaria insatisfeito porque uma de suas promessas de campanha era “abrir a caixa-preta” do BNDES, o que Levy ainda não teria feito. Bolsonaro costuma dizer que houve problemas em empréstimos do BNDES para Cuba, Venezuela, e os chamados “campeões nacionais”, como o empresário Joesley Batista, da J&F, envolvido em escândalos de corrupção.

Ordem cronológica dos fatos
– Bolsonaro afirma na tarde deste sábado (15) que o presidente do BNDES, Joaquim Levy, estava com a “cabeça a prêmio” por, além de outros fatos, não ter demitido o diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos Barbosa Pinto;

– Barbosa Pinto entrega carta de renúncia do cargo ao presidente do BNDES, Joaquim Levy. Ele afirmou na carta que decidiu deixar o cargo em razão do “descontentamento manifestado” pelo presidente Jair Bolsonaro;

– Joaquim Levy pede demissão em carta enviada ao ministro da Economia, Paulo Guedes. O ministro aceitou o pedido de demissão.

Repercussão
A comentarista da GloboNews Miriam Leitão disse que a situação de Joaquim Levy no governo Bolsonaro “nunca foi muito confortável” (vídeo abaixo). Segundo Miriam Leitão, ele não queria que Levy fosse presidente do BNDES e foi difícil convencer Bolsonaro de que Joaquim era um bom nome. Miriam Leitão afirma que Bolsonaro entendia que não estava sendo obedecido porque a “caixa-preta” do BNDES ainda não foi aberta.

O economista-chefe da Necton Corretora, André Perfeito, disse que a saída de Joaquim Levy é negativa e causa insegurança no mercado financeiro . André Perfeito prevê efeitos na bolsa de valores, que pode sofrer queda, e no dólar, que pode entrar em alta, durante a próxima semana. Ele acredita que o sucessor de Joaquim Levy no BNDES será nome de perfil técnico e liberal.

O economista Maílson da Nobrega, ex-ministro da Fazenda, disse que com a saída de Levy o governo federal está perdendo um “profissional de alta qualidade”, com vasta experiência no setor público e privado. Para Maílson a demissão de Levy gera insegurança no mercado e na equipe econômica do governo.

Link original desta atualização
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/06/16/entenda-o-que-levou-ao-pedido-de-demissao-do-presidente-do-bndes.ghtml

 

Joaquim Levy pede demissão em carta enviada ao ministro da Economia, Paulo Guedes. O ministro aceitou o pedido de demissão. G1

https://youtu.be/fc3E-KLGabM

 

  • Fonte da informação:
  • Leia na fonte original da informação
  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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