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Médico suspeito de crimes sexuais é solto pela Justiça, diz advogado
Segundo a Polícia Civil, mais de 50 mulheres já formalizaram denúncia contra Nicodemos Júnior Estanislau Morais por algum tipo de abuso
Goiânia – O ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, preso por suspeita de crimes sexuais, foi solto no final da tarde desta segunda-feira (4/10), após uma decisão judicial, segundo o advogado dele, Carlos Eduardo Gonçalves Martins. O médico foi preso na última quarta-feira (29/9), em seu consultório no município de Anápolis, a cerca de 55 km da capital goiana.
“Ele já está em casa. Foi solto no final da tarde. O juiz entender que ele não vai atrapalhar as investigações, que ele tem residência fixa, que ele é réu primário”, disse o advogado ao portal G1.
Segundo a defesa de Nicodemos, ele não cometeu nenhum dos crimes e, por isso, foi pedida a revogação da prisão preventiva na Justiça. De acordo com a Diretoria de Administração Penitenciária (DGAP), o pedido de soltura foi recebido às 18h55.
Ainda conforme Martins, fora da prisão Nicodemos terá que cumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, e não poderá exercer a profissão e nem sair de Anápolis.
Violação sexual
Nicodemos Júnior foi preso de forma preventiva em Anápolis. Ao todo, 41 mulheres foram ouvidas pela Delegacia da Mulher de Anápolis. No entanto, o número pode chegar a 100.
O médico é suspeito de violação sexual mediante fraude, que é quando o médico toca em paciente com intenção sexual. A conduta é tipificada no artigo 215 do Código Penal e também é conhecida como estelionato sexual.
Ao Metrópoles, a delegada que está à frente do caso, Isabella Joy, disse que os relatos das vítimas que procuraram a polícia até agora são muito semelhantes. O médico se aproveitaria da situação e, em muitos casos, de momentos de fragilidade das pacientes para assediá-las. Até o momento, 53 mulheres já formalizaram denúncia contra Nicodemos por algum tipo de abuso.
Entre os depoimentos tomados pela polícia, há, por exemplo, o relato de uma das vítimas que teria recebido do ginecologista a proposta de realização de uma cirurgia em troca de sexo. Ele teria, inclusive, assediado pacientes que o procuravam para realização de exames de pré-natal, já no final da gravidez.
O perfil das vítimas seria diversificado. Na lista, estaria até adolescentes. Uma das mulheres que resolveram falar publicamente sobre o caso foi a aromaterapeuta Kethleen Carneiro, hoje com 20 anos. Ela usou seu perfil no Instagram para denunciar o profissional.
Ela contou que, quando tinha 12 anos, foi examinada pelo médico. Ele teria, inclusive, lhe mostrado quadrinhos pornográficos durante o procedimento.
Veja o vídeo:
https://youtu.be/mdr8nUS_qkY
No fim da tarde da última sexta (1º/10), o Conselho Regional de Medicina do DF, onde o médico tem registro também, decidiu interditar cautelarmente o profissional.
Conforme a assessoria de imprensa do órgão, Nicodemos ficará impedido de exercer qualquer atividade médica até o julgamento definitivo dos casos. A interdição tem validade de seis meses, prorrogável por mais seis. Dependendo da situação, ele pode ter o registro profissional cassado.
Já o Conselho Regional de Medicina de Goiás, estado onde o profissional estava atuando quando foi preso, informou que está acompanhando o caso. Conforme o órgão, ele irá “vai apurar o caso e a conduta do médico no exercício profissional”.
By: Laura Braga
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O ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, preso por suspeita de crimes sexuais, foi solto no final da tarde desta segunda-feira (4/10), após uma decisão judicial, segundo o advogado dele,[/caption]



