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Saúde a prova

Ar seco agrava problemas respiratórios e exige atenção redobrada com olhos, nariz e boca

Especialista alerta para sintomas recorrentes durante o tempo seco e explica como proteger as mucosas contra infecções e irritações

O tempo seco e a baixa umidade relativa do ar, comuns em Goiânia durante o inverno, voltam a preocupar médicos e especialistas da saúde.

Nesta época do ano, quando os índices de umidade frequentemente caem abaixo dos 30%, o organismo sofre com os impactos da desidratação ambiental — especialmente nas mucosas que revestem olhos, boca e nariz.

As consequências vão de desconfortos leves a infecções respiratórias e agravamento de doenças crônicas.

A médica otorrinolaringologista Juliana Caixeta explica que, com o ressecamento das mucosas, o corpo perde parte da barreira de proteção natural contra vírus e bactérias.

As mucosas ficam mais ressecadas, o que causa desconforto e, até mesmo, dor.

E embora o corpo tenha mecanismos de compensação, muitas vezes esses mecanismos falham e os sintomas aparecem,

explica a especialista.

A queda da umidade relativa do ar, comum no Centro-Oeste durante os meses de julho, agosto e setembro, prejudica a função de defesa do nariz, garganta e olhos, que normalmente agem como filtros contra agentes externos.

As infecções são mais comuns porque alguns vírus circulam com maior frequência nessa época do ano.

Além disso, com o frio, as pessoas tendem a ficar em locais fechados e aglomerados, o que facilita a transmissão,

explica a médica.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Goiânia registrou, na primeira quinzena do mês de julho, umidade abaixo de 25%, nível considerado de alerta pelo Ministério da Saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a umidade ideal para o bem-estar humano esteja entre 50% e 60%.

Sintomas comuns e grupos mais vulneráveis

Entre os sintomas mais frequentes nesta estação estão dor de garganta, sensação de “areia nos olhos”, sangramento nasal e obstrução nasal persistente.

É comum a sensação de garganta arranhando, principalmente à noite.

Em casos mais graves, pode haver sangramentos,

alerta a médica.

Alguns grupos são mais suscetíveis aos efeitos do clima seco: crianças pequenas (especialmente menores de 2 anos), idosos acima de 65 anos e pessoas com doenças respiratórias crônicas como asma e fibrose pulmonar.

Pacientes com doenças imunológicas também devem redobrar a atenção.

Rinite, sinusite e asma: doenças que se agravam

O tempo seco pode piorar quadros alérgicos e respiratórios, como rinite, sinusite e asma. ]

A rinite e a asma tendem a descompensar nessa época do ano, principalmente por conta da baixa umidade,

das temperaturas mais baixas e da grande amplitude térmica entre o dia e a noite, afirma Juliana.

A médica reforça a importância do acompanhamento regular com especialistas e, quando necessário, do uso de medicamentos preventivos.

Como se proteger

Para aliviar o desconforto e proteger as mucosas, a especialista recomenda medidas simples no dia a dia:

• Beber bastante água ao longo do dia
• Utilizar soro fisiológico nasal com frequência
• Aplicar colírios lubrificantes nos olhos
• Usar cremes hidratantes na pele
• Manter ambientes limpos e arejados
• Utilizar umidificador de ar, especialmente no período noturno

É importante que o umidificador esteja em boas condições.

Deve-se usar água filtrada ou destilada e higienizar o aparelho com frequência, orienta.

Em locais como escolas, escritórios e espaços com ar-condicionado, as mucosas sofrem ainda mais.

O ideal é levar consigo soro fisiológico ou lubrificantes oculares para aplicar ao longo do dia.

E, claro, evitar ir ao trabalho ou à escola em caso de sintomas gripais, para evitar a disseminação de vírus, destaca.

Casos em que o desconforto se prolonga por muitos dias ou que apresentam agravamento dos sintomas merecem atenção médica especializada.

Segundo Juliana, é fundamental procurar um especialista

se houver dor ou desconforto constante no nariz e na garganta, sangramentos nasais recorrentes ou obstrução nasal que dure mais de 15 dias.

Com os termômetros mais baixos e a umidade em queda, a prevenção continua sendo a melhor aliada da saúde respiratória.

E mesmo quem não apresenta sintomas agudos deve adotar cuidados diários para evitar complicações — especialmente em uma cidade como Goiânia, onde o tempo seco já faz parte do calendário climático.

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Tempo seco pode fazer mal à saúde – crédito: Freepik
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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