Estilo : Saúde

AIDS em Goiás surgiu em 1984

Anápolis é a terceira cidade em Goiás com maior número de casos de AIDS

Embora esquecida, devido, talvez, à situação da pandemia do coronavírus, a AIDS ainda é um problema de saúde pública que preocupa em Goiás

 

O primeiro caso de AIDS em Goiás surgiu em 1984 e, até 30 de junho de 2019, foram notificados 15.947 casos, sendo 10.935 (69%) em homens, 5007 (31%) em mulheres e cinco casos ignorados em relação ao sexo.

A Secretaria Estadual de Saúde passou a divulgar boletins epidemiológicos da AIDS. A última publicação contém dados gerais para o Estado atualizados até 2019 e, em relação às notificações municipais, até 2018.

Em Anápolis, conforme o boletim epidemiológico da SES-GO, o número de casos notificados em 2018, foi de 73, com incremento de 10,61% em relação ao ano anterior, ou sejas, em 2017, quando foram registras 66 notificações. Também, houve aumento na taxa de detecção, que considera o número de casos por 100 mil habitantes. A taxa de 2017 foi de 24,0 e subiu para 26,6. A taxa de Anápolis situou-se um pouco acima da taxa de Goiás, que ficou em 25,2 no ano de 2018.

Em Goiás, Anápolis é o terceiro município com maior número de casos notificados de AIDS em 2018, com o total de 73. Os municípios com maior número de notificações são Goiânia (633) e Aparecida de Goiânia (218). Em 133 municípios goianos (54,06% dos 246) não há casos notificados de AIDS.

Redução em Goiás

O boletim da SES-GO aponta que desde 2012, tem ocorrido a redução do número de casos de AIDS em Goiás, contribuindo para essa redução a ampliação do acesso à testagem e à redução do tempo entre o diagnóstico e o tratamento, que é ofertado através do Sistema Único de Saúde a partir de 2013.

Segundo consta do Relatório do Monitoramento das Ações em IST/AIDS do 1º semestre de 2019, dos 246 municípios goianos, 208 realizam o teste rápido para HIV e sífilis em todas as Unidades Básicas de Saúde – UBS, 34 municípios realizam os testes rápidos em algumas das UBS e, apenas, 04 municípios não realizam nas UBS.

Conforme os dados da Secretaria Estadual de Saúde, de 2007 a junho de 2019, foram notificados no Sistema de Informação dos Agravos de Notificação, 9068 casos de HIV em Goiás. Desse total, 22 casos ocorreram em menores de 13anos de idade.

A faixa etária em que a infecção é mais evidenciada é em adultos jovens entre 20 a 39 anos, concentrando cerca de 70 % do total de casos. A representatividade dos casos de HIV na faixa etária de 13 a 19 anos tem diminuído desde 2014, as demais faixas etárias têm mantido a mesmas proporções. Em indivíduos maiores de 13 anos de idade, 76% (6890) ocorreram no sexo masculino e 24% (2153) no sexo feminino e 03 casos ignorados.

Exposição

Quanto à categoria de exposição, observa-se que, entre indivíduos do sexo masculino, a proporção de homossexuais com HIV representou, desde o ano de 2012, mais de 50% dos casos. Entretanto, entre indivíduos do sexo feminino prevalece a categoria de exposição heterossexual, com mais de 80% dos casos.

Cor/raça

No recorte sobre raça/cor de pele, de 2007 a 2019, os casos se concentram em indivíduos que se autodeclararam pardos, com 62,7% do total, seguido pela raça/cor branca, com 22,1%; 5,5% pretos, 0,5% amarelos e 0,1% indígenas. O campo ignorado representou 9,1% do total de casos, conforme o boletim.

HIV em gestantes

O estudo destaca que o Ministério da Saúde recomenda que sejam realizados três testes rápidos para o HIV durante o pré-natal, no primeiro e terceiro trimestre de gestação e no momento do parto. O diagnóstico precoce e acompanhamento das gestantes com HIV são fundamentais para evitar a transmissão vertical de HIV.

Entre os anos de 2000 a 2018, foram notificados 2273 casos de HIV em gestantes em Goiás. O levantamento observa que a taxa de detecção deste agravo nesta população vem diminuindo nos últimos cinco anos. Em 2014 a taxa de detecção foi de 1,6 casos/1000 nascidos vivos e em 2018, 1,0 caso/1.000 nascidos vivos.

Mortalidade

Do total de óbitos que tiveram a causa básica definida como “doenças pelo vírus do HIV” (CID10:B20-B24) registrados em Goiás, no período entre 1984 e 2017 (5.968), 69,3% ocorreram em homens e 30,6% em mulheres.

A razão de sexo observado foi de 20 óbitos em homens para cada 10 óbitos em mulheres. No período de 2015 a 2017, verificou-se uma queda de 11% no coeficiente de mortalidade, que passou de 5,4 para 4,8 óbitos por 100 mil habitantes, possivelmente, pela recomendação do “tratamento para todos” e ampliação do diagnóstico precoce. (Com informações da SES-GO)

Dez municípios com maior número de casos de AIDS (2018)

  • Goiânia – 633
  • Aparecida de Goiânia – 218
  • Anápolis – 73
  • Rio Verde – 57
  • Trindade – 44
  • Mineiros – 39
  • Itumbiara – 36
  • Luziânia – 34
  • Senador Canedo – 32
  • Morrinhos – 21

By Claudius Brito

Embora esquecida, devido, talvez, à situação da pandemia do coronavírus, a AIDS ainda é um problema de saúde pública que preocupa em Goiás
Em celebração ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, o Ministério da Saúde lançou a Campanha de Prevenção ao HIV/Aids.
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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