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PF escolhe delegado que investigou PCC para apurar facada em Bolsonaro

Caberá ao policial buscar informações que possam esclarecer se Adélio Bispo, autor da facada, contou com a ajuda de terceiros ou agiu a mando de alguém.

A Polícia Federal (PF) escolheu o delegado Martin Bottaro Purper para dar continuidade ao inquérito sobre as circunstâncias do atentado
contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) em Juiz de Fora (MG), nas eleições de 2018.

Ele está há 17 anos na corporação e já investigou o PCC.

Entrou como
agente administrativo em 2004 e, pouco mais de dois anos depois, tomou
posse como delegado.

Caberá ao policial buscar informações que possam esclarecer se Adélio
Bispo, autor da facada, contou com a ajuda de terceiros ou agiu a mando
de alguém.

Em duas investigações, a PF concluiu que ele cometeu o crime
sozinho.

Bolsonaro questiona até hoje o trabalho realizado pela PF.

A Justiça
considerou Adélio doente mental e, por isso, inimputável.

Em novembro passado, com base em um pedido do criminalista Frederick
Wassef, advogado da família Bolsonaro, o TRF-1 (Tribunal Regional
Federal da 1ª Região), determinou a reabertura do caso.

O TRF-1 autorizou que a PF vasculhe dados bancários e o conteúdo do
celular apreendido em poder do advogado Zanone Manuel de Oliveira
Júnior, um dos defensores de Adélio.

As informações podem revelar quem custeou os honorários advocatícios, o
que, para Bolsonaro e seus aliados, levará a polícia ao suposto mentor
do crime.

Em dezembro de 2018,

a PF cumpriu mandado de busca e apreensão em
propriedades de Oliveira Júnior com o objetivo de apreender documentos,
celulares e computadores para descobrir quem bancava a assistência
jurídica. A autorização foi da Justiça Federal em Minas Gerais.

A pedido da OAB,

sob o argumento de que houve quebra de sigilo
profissional, o TRF-1 concedeu uma decisão liminar (provisória) para
brecar a análise ou perícia dos materiais apreendidos, revertida há
cerca de dois meses após o recurso de Wassef.

O advogado Fernando Magalhães,

que também atuou na defesa de Adélio,
afirmou que um recurso contra a decisão do TRF-1 será analisado pelo
STJ (Superior Tribunal de Justiça) e, eventualmente, o STF (Supremo
Tribunal Federal) também será acionado.

Caso a determinação do TRF-1 prevaleça,

o delegado Martin Bottaro
Purper dará continuidade ao trabalho que estava a cargo do colega
Rodrigo Morais Fernandes.

Em dezembro, Fernandes foi designado pelo diretor-geral da PF, Paulo
Maiurino, para trabalhar por dois anos em força-tarefa em Nova York,
nos Estados Unidos.

Purper atuou em investigações recentes que mirou ações do PCC, entre
elas a Operação Cravada, deflagrada em 2019 para desarticular o núcleo
financeiro da facção criminosa.

Link original da matéria:
https://gazetabrasil.com.br/especiais/jair-bolsonaro/2022/01/05/pf-escolhe-delegado-que-investigou-pcc-para-apurar-facada-em-bolsonaro/ 

[caption id="attachment_108545" align="alignnone" width="1024"] Caberá ao policial buscar informações que possam esclarecer se Adélio
Bispo, autor da facada, contou com a ajuda de terceiros ou agiu a mando
de alguém.[/caption]
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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