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"INTERVENÇÃO" NA PETROBRÁS

Petrobrás: o choro durou (apenas) uma noite

Hoje, a PETR4 abriu em alta e o índice Ibovespa já recuperou os 114 mil pontos perdidos ontem (22) no mercado.

Mas ora vejam só, a Petrobrás não estava derretendo? Pois hoje a PETR4 abriu em alta e o índice Ibovespa já recuperou os 114 mil pontos perdidos ontem (22) no mercado.

Pequenos e médios investidores devem ter percebido que caíram em mais uma lorota da mídia podre sobre a suposta “intervenção” do Governo nos rumos da gigante petrolífera.

Ainda que todos saibam que a troca de comando na empresa é completamente normal e uma prerrogativa presidencial, os mágicos de Oz forçam a barra, construindo suposições teratológicas:

“Apesar de afirmar que a precificação do combustível não será artificialmente precificada, o presidente acaba com um período de relativa independência corporativa da Petrobras” (E-investidor do Estadão). Como assim?

A frase passa a impressão de que a nomeação de um novo CEO para a empresa é uma intervenção ainda que afirme, na mesma frase, que não é.

Não se explica exatamente como haveria tal ingerência se houve promessa clara de Bolsonaro de não prefaciar artificialmente os combustíveis. É a mesma narrativa criada pela mídia sobre “interferência na Polícia Federal” durante a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça.

Em ambos os casos é competência exclusiva do chefe do executivo realizar a mudança.

Ponto final.

Como relembrou o diretor executivo do BSM, Silvio Grimaldo,

“o General Joaquim Silva e Luna, apontado por Bolsonaro como próximo presidente da estatal, será o 39º CEO da Petrobrás em 68 anos de história. Feitas as contas, temos uma média 1,7 anos por mandato. A mudança do diretor da empresa pelo presidente da república, depois de dois anos de gestão do Castelo Branco, não tem nada de anormal”.

Durante a forte queda de ações da petroleira, muito investidor esperto comprou toneladas ações sabendo que iriam inevitavelmente valorizar, como já está acontecendo como a PETR3 e PETR4.

A única instituição ontem (22) a recomendar compra de ativos da Petrobrás foi a instituição bancária suíça UBS.

O banco percebeu o óbivo:

Houve reação exagerada dos agentes no mercado financeiro causada pelo fluxo de notícias desproporcional.

O UBS disse que vê a Petrobras

“muito próxima da paridade na importação de combustível” e “mais protegida de uma perspectiva de governança do que antes”.

Era mais do que óbvio que tudo aquilo era tão somente uma história bem filha da puta para ocasionar queda no mercado, beneficiar os olhos atentos e assustar pequenos e médios investidores dentro e fora do Brasil.

Quando Bolsonaro, para justificar a troca, usou expressões do tipo “o petróleo é nosso” e “o preço está alto”, ele estava traduzindo em linguagem popular que há problemas de gestão na estatal.

Só isso.

Diferente seria se ele mostrasse reais intenções de ingerência ao mercado financeiro, dizendo

“a precificação precisa ser controlada” ou “vamos garantir de qualquer jeito um preço mais acessível na bomba para o povo brasileiro”. Não é isto que aconteceu.

Os motivos que o presidente alegou para a troca são mais do que suficientes:

  1. -falta de transparência e previsibilidade na precificação dos combustíveis pela Petrobrás
  2. -e o fato de que seu atual presidente, Castelo Branco, ganha cerca de 200 mil por mês e está há quase um ano trabalhando em casa no comando da maior empresa brasileira.

Seu substituto, Gen. Silva e Luna, possui um histórico de sucesso de gestão invejável. A hidrelétrica de Itaipu é um grande exemplo.

Por que, alguém me explique, houve tanto pânico na própria direita?

Eu não sei como continuo a me espantar com a facilidade com que certos conservadores e direitistas são carregados feito cordeirinhos por narrativas totalmente artificiais criadas pela mídia, por manipuladores do mercado financeiro e pelos opositores do Governo Bolsonaro.

A mídia quer vender audiência e apostar no “quanto pior, melhor”; os especuladores fortes sempre se aproveitam de movimentos bruscos do mercado para aumentarem sua carteirada; e a oposição… bem, é oposição.

Vislumbrando um 2022 sem quadros para concorrer com Bolsonaro, a solução é buscar enfraquecê-lo a ponto de um candidato fraco tornar-se eleitoralmente viável.

Pena que o Butantã ainda não produziu uma vacina contra amadorismo.

By Bernardo Küster –  Brasil sem Medo

Link original da matéria:
https://brasilsemmedo.com/petrobras-o-choro-durou-apenas-uma-noite/

Hoje, a PETR4 abriu em alta e o índice Ibovespa já recuperou os 114 mil pontos perdidos ontem (22) no mercado.
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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